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Bomba e arremesso de objetos: Entenda que punições Cruzeiro e Atlético-MG podem sofrer por incidentes em clássico

O empate em 1 a 1 entre Cruzeiro e Atlético-MG, na Arena Independência, pelo Campeonato Mineiro, acabou marcado por cenas negativas nesta segunda-feira (13). A partida foi paralisada mais de uma vez por conta de objetos atirados no gramado e até mesmo bombas. Diante desses incidentes, ambos os clubes podem ser denunciados pela Justiça Desportiva.

“Será preciso uma análise mais detalhada para definir de onde partiram os objetos e as bombas. Mas na qualidade de mandante da partida, o Cruzeiro, a princípio, poderia ser denunciado com base no art. 213, III do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), por deixar de tomar providências capazes de evitar o lançamento de objetos no campo, com previsão de multa de cem reais a cem mil reais.  Ainda, nos termos do §1º do mesmo artigo, como o lançamento dos objetos causou prejuízo ao andamento da partida, a denúncia pode eventualmente incluir a punição de perda de mando de campo de uma a dez partidas”, analisa o advogado Carlos Henrique Ramos, especialista em direito desportivo.

“A súmula indicou lançamento de objetos no campo por parte da torcida do Cruzeiro. Pelas imagens é possível identificar, ainda, sinalizadores azuis no gramado. Tais fatos podem levar à perda do mando de campo por parte do Cruzeiro”, afirma Gustavo Lopes, advogado especializado em direito desportivo.

Carlos Henrique Ramos explica que, caso ocorra a identificação dos autores dos arremessos objetos, os clubes podem se eximir de responsabilidade e assim não sofrer qualquer punição.

“Sob o ponto de vista da defesa, o clube, caso consiga identificar os autores, pode eximir-se de responsabilidade detendo e apresentando os responsáveis à autoridade policial e registrando boletim de ocorrência (§3º)”, acrescenta.

Na súmula da partida, o árbitro Paulo César Zanovelli detalhou as paralisações e os objetos arremessados.

“Aos 3 minutos do primeiro tempo, paralisei o jogo devido a copos plásticos com um liquido amarelado que foram arremessados no campo de jogo, não conseguimos identificar de qual torcida foram arremessados devido as duas torcidas estarem localizadas no mesmo lado do campo divididas em parte superior e inferior.

Aos 8 minutos do primeiro tempo, paralisei o jogo devido a um copo plástico com um liquido amarelado que foi arremessado no campo de jogo e um objeto de plástico de cor rosa, vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida do Cruzeiro.

Aos 15 minutos do segundo tempo, paralisei o jogo devido a copos plásticos com um liquido amarelado que foram arremessados no campo de jogo, vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida do Cruzeiro.

Aos 16 minutos do segundo tempo, paralisei o jogo devido a copos plásticos com um liquido amarelado que foram arremessados no campo de jogo, não conseguimos identificar de qual torcida foram arremessados devido as duas torcidas estarem localizadas no mesmo lado do campo divididas em parte superior e inferior.

Aos 18 minutos do segundo tempo, paralisei o jogo devido a uma bomba que foi arremessado no campo de jogo próximo ao gol onde estava localizado o goleiro do Cruzeiro, vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida do Cruzeiro.

Aos 34 minutos do segundo tempo, paralisei o jogo devido a dois isqueiros que foram arremessados no campo de jogo, vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida do Cruzeiro.

Aos 35 minutos do segundo tempo, paralisei o jogo devido a uma bomba e um tênis que foram arremessados no campo de jogo em frente ao banco de reservas da equipe do Cruzeiro, não conseguimos identificar de qual torcida foi arremessado devido as duas torcidas estarem localizadas no mesmo lado do campo divididas em parte superior e inferior.

Informo que a polícia militar registrou o boletim de ocorrência de algumas situações referentes a essas paralisações.com identificação de alguns torcedores envolvidos em tais ações”.

A primeira paralisação aconteceu nos minutos iniciais, quando garrafas foram atiradas na beira do campo. O árbitro Paulo César Zanovelli entregou os objetos ao quarto árbitro da partida.

Ainda no primeiro tempo, um outro copo foi arremessado quando o lateral Mariano foi cobrar lateral próximo à torcida cruzeirense. O técnico Paulo Pezzolano recolheu o objeto.

Aos 18 minutos da segunda etapa, o árbitro voltou a paralisar o jogo, após uma bomba explodir no campo, próximo do goleiro Rafael Cabral. Aos 36 minutos, após o gol de empate atleticano assinalado por Hulk, mais uma bomba explodiu, agora próximo a Pezzolano. Zanovelli pediu reforço na segurança à Polícia Militar. Um par de tênis também foi atirado no gramado.

A partida desta segunda-feira era de mando do Cruzeiro. A torcida atleticana tinha direito a apenas 10% da carga de ingressos, ou seja, 1.871 bilhetes.

Crédito imagem: Atlético-MG

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