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Borja pode ser um reforço para o Palmeiras na Libertadores? Especialistas explicam

O Palmeiras poderá contar com a volta de um conhecido nome nas próximas semanas. O colombiano Miguel Borja anunciou na noite desta quinta-feira (17) que está de saída do Júnior Barranquilla (COL), equipe em que atuou por empréstimo na temporada atual. Imediatamente, os torcedores se perguntaram se o ‘Rei da América’ de 2016 poderia ser inscrito pelo Verdão para a reta final da Copa Libertadores, marcada para começar no dia 5 de janeiro. Sim, é possível, mas muito improvável.

“Um dos principais problemas nesse caso é o trâmite burocrático. O regulamento da Conmebol prevê a troca de atletas inscritos. No entanto, é preciso cumprir os prazos determinados. Ainda que juridicamente seja possível, é preciso ver se administrativamente também é”, avaliou Luiz Marcondes, advogado especialista em direito desportivo e colunista do Lei em Campo.

“O Palmeiras vai tentar a renegociação do Borja (o contrato prevê uma extensão do prazo de vigência caso o clube não consiga negociar o atleta até o fim do prazo original); como o elenco está fechado, pode ser uma opção mais acertada do que a tentativa de inscrevê-lo na Libertadores. Até porque o processo de inscrição na Libertadores não será tão simples, já que depende de liberação da FIFA, por conta dos protocolos estabelecidos em relação à COVID”, disse Fernando Soares, advogada e colunista do Lei em Campo.

Por conta da pandemia de Covid-19 e a paralisação das competições, a Conmebol fez alterações no regulamento de suas competições. Uma das mudanças permite que o clube faça até três trocas na fase de semifinal, o que permitiria, na teoria, a inscrição do jogador. Porém, a janela de transferências do exterior está fechada até março, e o prazo de inscrição para a disputa de competições da CBF também já foi encerrado.

Vale destacar que no caso de retorno de empréstimo, de acordo com o Regulamento da FIFA sobre o Status e Transferências de Jogadores (RSTP), o atleta

Diante do cenário, para o Palmeiras conseguir regularizar o atacante precisaria, de acordo com o Regulamento sobre Status e Transferências de Jogadores (RSTP) da Fifa, requisitar uma liberação junto à entidade.

“Para o Palmeiras poder utilizar o Borja na Libertadores terá que fazer um pedido do Certificado Internacional de Transferências (CTI) via TMS Fifa. Após isso, com a CBF reconhecendo o documento, publicará o nome do atacante no BID (Boletim Informativo Diário). A partir daí ele terá elegibilidade, ou seja, estará apto a representar a partida pelo Palmeiras”, completou Marcondes.

Com o fim de ano chegando e junto dele o recesso da entidade, o trâmite burocrático não permitiria, em situações normais, que o atleta seja regularizado a tempo do prazo estipulado pela Conmebol para a troca, no caso, 2 de janeiro.

Contratado em 2017, Borja foi o reforço mais caro da história do Palmeiras. O clube paulista pagou US$ 10,5 milhões (R$ 32,8 milhões na cotação da época) ao Atlético Nacional, da Colômbia, por 70% dos direitos econômicos do atacante.

O colombiano foi um dos principais alvos da torcida palmeirense em 2019. Sem clima, o jogador acabou sendo emprestado para o Júnior Barranquilla (COL), seu time do coração, que sempre demonstrou interesse em um dia defender.

O empréstimo de Borja com a equipe colombiana é válido até o dia 31 de dezembro. Caso o Junior não consiga de fato exercer a opção de compra, o atacante retornará ao Palmeiras no primeiro dia de 2021. A partir daí o clube decidirá o futuro do jogador, que provavelmente não será defendendo as cores do Verdão.

Crédito imagem: Getty Images

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