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Brasil x Mundo no Rugby

A seleção brasileira de Rugby recebe, em Sao Paulo, os Barbarians, a seleção dos melhores jogadores de rugby do mundo. Depois de trazer os poderosos All Blacks para o Morumbi, com um público de 34 mil torcedores, sendo 25 mil pagantes, a seleção brasileira enfrentará mais esse duro adversário no próximo dia 20 de novembro, no mesmo estádio.

Hoje, no Brasil, os números da modalidade não param de surpreender. O rugby conta com aproximadamente 18 mil jogadores federados em 300 clubes e cerca de 60 mil praticantes, sem contar com os 30 milhões de brasileiros interessados em consumir esse esporte.

Mesmo fora do mundial de rugby que está acontecendo agora no Japão, a seleção brasileira já mira estar nos Top 20 do mundo em breve. Já na modalidade feminina o Brasil já é Top 10 do mundo, sem contar a boa posição nos jogos pan-americanos deste ano – 4º lugar nos masculino e no feminino.

A visibilidade também tem crescido bastante, com jogos sendo transmitidos em todas as principais emissoras esportivas no país. Além de transmissões exclusivas pelo streaming, a modalidade já atingiu audiências equivalentes à da NBB, campeonato brasileiro de basquete.

Com suporte de seus 13 patrocinadores (mais inclusive que a Confederação Brasileira de Futebol), sendo alguns garantidos até 2020, a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) está mostrando ao esporte brasileiro que a instituição tem algo diferenciado, que tem atraído parceiros e investidores por meio de um trabalho eficiente. A gestão ganhou uma marca: administração transparente.

Isso atrai dinheiro e desenvolve o esporte.

A boa administração da CBRu vem atraindo muitos interessados em divulgar suas marcas na modalidade. Os esforços de prestar contas apresentados pela gestão, além de manter seus compromissos financeiros e de impulsionar o crescimento do esporte, são fundamentais para isso.

O trabalho rende prêmios. Em 2015 e 2016, recebeu, da Sou do Esporte (ONG), prêmio pelo trabalho diferenciado de governança e transparência.

Desde 2010 as gestões, com duração de quatro anos, têm trabalhado com algo que, infelizmente, ainda é raro no Brasil: a preocupação com a gestão, com apresentar mecanismos de transparência, trabalhar ações de marketing, zelar pela reputação da instituição.

A evolução na gestão ética também está acontecendo no futebol, mas em passos miúdos. As discussões e os debates sobre a necessidade de mudança de comportamento da velha política para uma gestão mais moderna, ética e transparente ainda precisam ser amplificados.

Acompanhamos, nas rodas de conversa com especialistas e comentaristas, na televisão, rádio e redes sociais, que um assunto que se tornou recorrente é a cobrança por uma administração mais eficaz, políticas internas mais eficientes e transparência na gestão do “negócio esporte”. A verdade é que o jogo que acontece fora das quatro linhas continua chamando mais a atenção do que deveria.

Seguindo o exemplo do rugby brasileiro, a mudança precisa ocorrer. Programas de conformidade podem transformar um clube, uma instituição e, principalmente, transformam o esporte.

Que venham os Barbarians.

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