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Brasileira Giovana Queiroz publica carta aberta em que denuncia abuso psicológico no Barcelona

Considerada uma das promessas do futebol feminino brasileiro, a atacante Giovana Queiroz, que pertence ao Barcelona e está emprestada ao Levante, publicou em suas redes sociais nesta terça-feira (29)  uma carta aberta ao presidente do Barcelona, Joan Laporta, em que denuncia abusos psicológicos que sofreu no clube catalão.

https://twitter.com/gio9queiroz/status/1508763971926564881?s=20&t=He1_zx5pnwN_Mmqcn1kskg

Segundo a jogadora, foram utilizados métodos arbitrários com objetivo de prejudicar sua vida profissional.

“Apesar de tudo que eu passei, hoje me sinto capaz de denunciar as condutas abusivas que sofri dentro do futebol feminino do Barcelona. Cheguei ao clube em julho de 2020, com apenas 17 anos. Os primeiros meses foram importantes no processo de adaptação. Estava em uma boa dinâmica até que eu recebi a primeira convocação para a seleção brasileira. A partir desse momento comecei a receber um tratamento diferente dentro do clube. Primeiro recebi indicações de que jogar com a seleção brasileira não seria o melhor para o meu futuro dentro do clube. Apesar de ser desagradável, não dei muita importância e atenção ao assunto. Com o tempo, eles usaram outros mecanismos para me pressionar dentro e fora do clube. Me estavam encurralando para que eu renunciasse defender a seleção. Usaram métodos arbitrários com claro objetivo de prejudicar minha vida profissional”, escreveu.

Gio também cita um confinamento ilegal que foi submetida no início do ano passado. Ela afirma que entrou em contato com o Departamento de Saúde da Catalunha pedindo explicações, e eles disseram que ela não precisa estar em isolamento.

Após cumprir a quarentena imposta pelo clube, a atacante se juntou à seleção brasileira nos Estados Unidos e ao voltar ao Barcelona foi acusada de cometer um grava ato de indisciplina.

“Me acusaram injustamente de haver descumprido o confinamento, de ter viajado sem autorização do clube e consentimentos das capitãs da equipe. Tentei mostrar que isso não era certo. Entrei em pânico. Temi pelo meu futuro. Participei das campanhas da Fundação Barça para a aprovação da lei de proteção de menores contra a violência e ao mesmo tempo, dentro do clube, estava totalmente desprotegida. A partir desse momento minha vida mudou para sempre. Estive complemente exposta a situações humilhantes e vergonhosas durante meses dentro do clube”, detalhou.

A jogadora, de apenas 18 anos, afirma que o Barcelona não é responsável direto pelas condutas abusivas, mas quer que o clube tome as providências necessárias.

“Espero que o Barcelona cumpra com seu papel institucional e atue de maneira consciente e transparente, investigando e denunciado os possíveis delitos às autoridades pertinentes. Também desejo que o clube, através de seu presidente, se comprometa a implementar medidas efetivas para combater o problema evidente e bem documentado do abuso moral, assédio moral e a violência psicológica contra as mulheres”.

Crédito imagem: Barcelona

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