O anúncio do CBCS (Campeonato Brasileiro de Counter-Strike), organizado pelo Grupo Globo e pela DCSet, deve ser visto como um divisor de águas não só no eSport brasileiro, como também na indústria esportiva como um todo.
O investimento chegou!
Já foi abordada com mais detalhes a forma como as desenvolvedoras, donas dos jogos, organizam seus cenários esportivos aqui no Lei em Campo.
Naquela ocasião explicamos que a Valve, detentora do Counter-Strike, é uma desenvolvedora que foca em sua atividade econômica primária, que é a criação e atualização de seus jogos, enquanto vende a outras empresas os direitos de organizar as competições.
Esse posicionamento mercadológico sempre fez com que o Brasil não contasse com competições nacionais relevantes pela falta de investidores, apesar de ter diversos jogadores profissionais no topo do ranking mundial e um número inacreditável de fãs.
Com o crescimento do eSport no Brasil como um todo, impulsionado por outras modalidades, o investimento finalmente chegou. E chegou forte.
O CBCS terá o tiro de largada no GameXP, evento que ocorrerá entre os dias 25 e 28 de julho, no Rio de Janeiro, com a organização feita pela líder do entretenimento nacional, o Grupo Globo e a empresa DCSet.
Além de premiações que somam R$ 800 mil, a competição também dará vaga para a StarSeries i-League, uma das principais competições do mundo.
Modelo de franquias
Comum nos Estados Unidos, o modelo de franquias será o utilizado na competição, de maneira similar ao que acontece na NBA e na MLS.
No esporte eletrônico, organizar-se em franquias é algo que tem sido feito em ligas pelo mundo todo, principalmente nas principais ligas de League of Legends (Riot Games) e de Overwatch (Blizzard).
Já no Brasil, o grupo de empresas e clubes-empresas que farão parte do CBCS será pioneiro dessa forma de organização esportiva.