Goleiro e capitação da seleção francesa, Hugo Lloris não vai usar braçadeira com as cores do arco-íris durante a Copa do Mundo do Catar, que começa no próximo domingo (20). Na última entrevista antes do embarque dos Bleus para Doha, ele explicou os motivos da decisão, que contraria a de outros capitães de seleções europeias no Mundial deste ano.
“Em primeiro lugar, antes de fazer qualquer coisa, precisamos que a Fifa e a Federação Francesa de Futebol concordem com isso. Claro, tenho minha própria opinião pessoal, e ela coincide um pouco com a do presidente. Na França, quando recebemos estrangeiros, muitas vezes os queremos respeitando nossas regras e respeitando nossa cultura. E farei o mesmo quando for ao Catar. Concorde ou não com as ideias deles, tenho que mostrar respeito em relação a isso”, disse o goleiro.
Apesar da recusa, Llorris contou que o assunto dos direitos humanos é discutido entre os jogadores da seleção. O goleiro disse que uma iniciativa será posta em prática no Mundial.
“Não podemos permanecer insensíveis a esses assuntos. Será feito em alguns dias, ou horas, vamos ver”, declarou Lloris.
“O futebol tem um papel importante na sociedade e cada vez é mais exigido dos jogadores, mas acredito que o que deve ser pedido de nós, acima de tudo, é o desempenho no campo. Temos que manter o foco no jogo. Isso é o mais importante. Temos a responsabilidade de representar nosso país esportivamente. Então, fora do campo, todos são livres para defenderem suas opiniões”, completou.
A França estreia na Copa do Mundo no dia 22 de novembro, contra a Austrália.
Crédito imagem: Getty Images
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