O presidente da Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul, Francisco Cezário, foi preso nesta terça-feira (21) durante uma operação que combate desvios de dinheiro na entidade.
De acordo com o Ministério Público do Mato Grosso do Sul (MPMS), os recursos envolvidos no desvio vieram da CBF e do Estado.
A investigação aponta que a quantidade desviada entre os anos de 2018 e 2023 ultrapassa R$ 6 milhões.
O dirigente foi um dos sete alvos de mandados de prisão preventiva durante a Operação Cartão Vermelho. Ao todo, 14 mandados de busca e apreensão aconteceram nos municípios de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.
Como funcionava o esquema
Segundo apurou MPMS, os envolvidos desviavam valores para si ou para terceiros. Uma forma comum, segundo o órgão, era fazer saque em dinheiro de contas bancárias da Federação, em valores que não passavam de R$ 5 mil.
O montante era rateado entre os participantes do esquema. Os investigadores contabilizaram mais de 1.200 saques, que totalizaram R$ 3 milhões.
Ainda havia desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de Mato Grosso do Sul para o trabalho em partidas do Campeonato Estadual. O MPMS aponta ainda que em outros estabelecimentos onde o dinheiro da Federação circulava, o esquema era devolver para os integrantes parte do dinheiro pago pela prestação do serviço ou compra de um produto.
Por isso, os desvios passaram da casa dos R$ 6 milhões.
Déficit em balanço financeiro
No balanço financeiro de 2023, a entidade fechou o ano com déficit de R$ 218,5 mil.
Todo mês, a CBF faz um repasse de R$ 120 mil a todas as federações, como parte do programa de apoio às federações, o PAF. A CBF exige que haja prestação de contas dos repasses.
A federação
Francisco Cezário de Oliveira está no sétimo mandato como presidente da federação. A última eleição aconteceu em 2022 e garantiu a ele o comando da entidade até 2027.
Crédito imagem: Anderson Ramos
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