Nesta segunda-feira (26), a Corte Arbitral do Esporte (CAS) anunciou que rejeitou o recurso de Blake Leeper e concordou com a World Athletics (Federação Internacional de Atletismo), negando ao atleta paraolímpico a possibilidade de disputar as Olímpiadas de Tóquio em 2021.
Blake é duplo amputado, e utiliza próteses em formato de lâminas durante as competições. O atleta pedia para competir nos Jogos Olímpicos com atletas que não possuíam deficiências, mas não foi atendido. Ele se classificou para o Campeonato Mundial de Atletismo em Doha em outubro de 2019, terminando em quinto lugar, não conseguindo a vaga para as Paraolimpíadas de 2021.
O caso de Blake é semelhante ao de Oscar Pistorius. O corredor sul-africano foi liberado para competir em eventos sem deficiência depois que CAS confirmou que suas lâminas de fibra de carbono não lhe davam vantagem esportiva.
Pistorius passou a competir nas Olimpíadas de Londres de 2012 e chegou às semifinais nos 400 metros. Um mês depois, nas Paraolimpíadas, Leeper levou a prata atrás de Pistorius no 400.
Em fevereiro deste ano, a World Athletics proibiu Blake de participar de competições oficiais com seu modelo atual de próteses em forma de lâmina. O duplo medalhista paraolímpico de 31 anos (prata nos 400m, bronze nos 200m em Londres em 2012) resolveu recorrer da decisão.
“As próteses especiais de corrida usadas por Blake Leeper dão a ele uma vantagem competitiva de mais de 400 metros sobre um atleta que não usa esse tipo de auxílio mecânico, já que permitem que ele atinja uma altura de corrida de alguns centímetros maior do que sua altura máxima se ele tivesse pernas biológicas. Consequentemente, Blake Leeper não pode usar suas próteses para correr em eventos sancionados pela WA, incluindo as Olimpíadas “, disse o tribunal.
Por outro lado, o CAS declarou inválido as regras da World Athletics que exige que os atletas provem que seu equipamento não oferece uma vantagem.
Crédito imagem: AFP
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