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CAS rejeita recurso de nadadora trans para anular regras impostas pela World Aquatics

A nadadora transgênero Lia Thomas sofreu uma importante derrota na última quarta-feira. A Corte Arbitral do Esporte (CAS) anunciou a decisão de rejeitar o caso da norte-americana, que não poderá tentar disputar os Jogos Olímpicos de Paris.

A Corte entendeu que a nadadora de 25 anos não é elegível para questionar a regra da World Aquatics (Federação Mundial de Esportes Aquáticos) que proíbe a participação de atletas trans em competições femininas.

“Lia Thomas simplesmente não tem o direito de se qualificar para disputar competições da World Aquatics como alguém que não é mais membro da USA Swimming (Federação de Natação dos Estados Unidos), portanto não foi suficientemente afetada pelas regras para ser capaz de desafiá-las”, diz um trecho da decisão do CAS.

Em março de 2022, Lia Thomas ganhou destaque ao se tornar a primeira nadadora trans campeã universitária nos Estados Unidos. Ela tinha planos de tentar disputar a seletiva olímpica americana, que teve início neste sábado.

Contudo, três meses depois do feito inédito a World Aquatics, anunciou uma nova política que restringiu a participação de mulheres trans na natação. A regra barra de competições internacionais femininas pessoas transgêneros que passaram pela puberdade masculina, ou seja, apenas mulheres trans que completaram sua transição até os 12 anos de idade podem competir.

Em novembro de 2021, o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu que cada federação de modalidade esportiva passaria a decidir seus critérios sobre a questão dos atletas transgêneros e intersexuais.

World Aquatics elogia decisão do CAS

A World Aquatics considerou a decisão do CAS de rejeitar o caso de Lia Thomas como “um grande passo nos esforços para proteger o esporte feminino”.

“A World Aquatics está empenhada em promover um ambiente que promova a justiça, o respeito e a igualdade de oportunidades para atletas de todos os gêneros e reafirmamos este compromisso. Continuamos empenhados em trabalhar em colaboração com todas as partes interessadas para defender os princípios de inclusão nos desportos aquáticos e continuamos confiantes de que a nossa política de inclusão de gênero representa uma abordagem justa”, escreveu a entidade.

Lia Thomas comenta decisão

A nadadora trans disse estar desapontada pela decisão do CAS.

“A decisão do CAS é profundamente decepcionante. As proibições gerais que impedem as mulheres trans de competir são discriminatórias e privam-nos de valiosas oportunidades atléticas que são fundamentais para as nossas identidades. A decisão do CAS deve ser vista como um apelo à ação para todas as mulheres atletas trans para continuarem a lutar pela nossa dignidade e direitos humanos”, disse Lia Thomas.

Crédito imagem: Getty Images

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