Pesquisar
Close this search box.

Caso Blackstar: reputação X bilhão

 

Uma das últimas notícias que repercutiram no cenário esportivo nos últimos dias foi a emblemática empresa Blackstar Internacional Limited ao procurar o clube Sociedade Esportiva Palmeiras para ser o seu principal patrocinador.

Mesmo que não saibamos toda a verdade por trás de uma negociação desse porte, o que causa espanto é o mistério que circunda a transação. Como que a empresa Blackstar surgiu da noite para o dia? Por que ela quer patrocinar o Palmeiras com valores que podem chegar até R$ 1.400.000.000? Isso mesmo! São oito zeros! Um bilhão e quatrocentos milhões de reais.

Segundo o diretor financeiro da empresa, Rubnei Quicoli, ao longo de dez anos, a Blackstar colocará a monta à disposição do Palmeiras. Lembrando que a atual patrocinadora, Crefisa, continuará em cena.

Mas nem todo patrocínio é motivo de comemoração. Para o clube, vários foram os pontos de alerta. Por exemplo: a negativa da empresa de informar a composição societária; de informar a composição do grupo econômico; a origem dos valores; e as reais intenções de investir tanto dinheiro na instituição. Vejam bem, nem mesmo o Palmeiras sabe!

Tantas dúvidas geraram necessidade de pesquisa. A marca “Palmeiras” precisa manter a credibilidade. Dessa forma, conhecer a corporação para estampar o slogan de um desconhecido na camisa do atual campeão é imprescindível. Quais seriam as consequências para o clube se a Blackstar estivesse envolvida com algo ilegal ou imoral?

Uma gestão inteligente, transparente e consciente trabalha com regras de compliance concretas e organizadas. A ferramenta do programa de conformidade que obriga essa pesquisa é a due diligence.

Esse processo de investigação entra em cena quando uma oportunidade de negócio ou de parceiro surge. Como parte de um programa de gerenciamento de risco, a due diligence visa minimizar crises e problemas ao negócio pretendido.

Foi o que a Sociedade Esportiva Palmeiras fez. Alguns dias depois, o clube divulgou, por meio do seu presidente, Maurício Galiotte, que não pretendia fazer negócio com a incompreensível Blackstar.

Segundo constou, a empresa teria, por meio de informações do CEO do HSBC, apresentado documentos falsos ao clube. Ainda, consta que o valor no contrato social da empresa Blackstar era de apenas 5 mil reais. No mínimo estranho, não é?

Mesmo que as negociações/discussões ainda estejam ocorrendo, o importante é o resultado. Foram as investigações por meio da ferramenta due diligence que possibilitaram a decisão menos arriscada.

Muito mais temeroso do que perder um patrocinador é perder a reputação. Ela não tem preço.

Compartilhe

Você pode gostar

Assine nossa newsletter

Toda sexta você receberá no seu e-mail os destaques da semana e as novidades do mundo do direito esportivo.