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Caso Daniel Alves: Justiça Espanhola cita risco de fuga, nega recurso e decide manter jogador preso

A Justiça de Barcelona negou um recurso da defesa de Daniel Alves e decidiu nesta terça-feira (21) manter o jogador em prisão preventiva enquanto ele aguarda o julgamento no país. Segundo o ‘ge’, o argumento para a decisão foi o “alto risco de fuga”.

No despacho, os juízes Eduardo Navarro Blasco, Myriam Linage Gómez e Carmen Guil Román justificam que o conhecimento de novas provas e o avanço da investigação “aumentam exponencialmente” o risco de fuga inicial. Eles frisam também que o brasileiro não tem ligações expressivas com a cidade de Barcelona, uma vez que estava na Espanha de férias.

O documento afirma que há “diversos indícios da criminalidade de Daniel Alves” e que eles “não partem só das declarações da denunciante”. Também pesariam contra o brasileiro depoimentos de funcionários da boate, amigas da vítima e vídeos analisados. Além dos exames de corpo de delito e de DNA colhidos durante a fase de investigação.

Ainda não data para ocorrer o julgamento. Importante destacar que de acordo com as leis espanholas, um preso sem julgamento pode ficar até dois anos detido preventivamente.

Entenda o caso

Uma mulher espanhola de 23 anos acusa Daniel Alves de tê-la violentado sexualmente durante uma festa realizada em uma boate de luxo em Barcelona, na Espanha, no dia 30 de dezembro de 2022.

Em seu depoimento para a polícia, o brasileiro negou as acusações. Ele confirmou que estava na casa noturna Sutton naquela noite, mas afirmou não ter cometido nenhum tipo de agressão. O depoimento seguiu a mesma linha da primeira vez que Daniel falou sobre o ocorrido, em entrevista ao programa espanhol ‘Y ahora Sonsoles’.

“Sim, eu estava naquele lugar, com mais gente, curtindo. E quem me conhece sabe que eu amo dançar. Eu estava dançando e curtindo sem invadir o espaço dos outros. Eu não sei quem é essa senhora. Nunca invadi um espaço. Como vou fazer isso com uma mulher ou uma menina? Não, por Deus”

Daniel Alves foi preso provisoriamente na sexta-feira após ter ido prestar depoimento. Ele foi detido e colocado à disposição da Justiça. Enquanto o jogador aguardava uma decisão, a Promotoria da Catalunha entregou à juíza do caso um pedido de prisão preventiva sem fiança, baseando-se no argumento de alto risco de fuga, uma vez que o brasileiro reside em outro país.

A juíza espanhola Maria Concepción Canton Martín, do Juizado de Instrução 15 de Barcelona, ordenou a prisão preventiva sem fiança de Daniel Alves, acatando pedido do Ministério Público.

Em caso de condenação, Daniel Alves pode cumprir pena de até 12 anos de prisão, segundo uma mudança recente na lei espanhola, que tornou mais duras as penas contra quem comete crime de violência sexual.

Crédito imagem: CBF

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