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CBF vai protocolar pedido de substituição temporária em casos de concussão

Conforme antecipado pelo Lei em Campo na última quarta-feira (17), a CBF vai apresentar ainda neste ano na International Football Association Board, entidade que rege as regras do futebol mundial, um pedido para que seja permitida uma quarta substituição, ou pelo menos uma substituição temporária, em casos de concussão de atletas.

“A entrega será feita para o IFAB até o final do ano. A reunião anual do IFAB é em março de todo ano para alteração das regras”, afirmou Leonardo Gaciba, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.

Segundo levantamento da entidade, capitaneado pelo Dr. Jorge Pagura, presidente do Comitê Médico e de Combate à Dopagem da CBF, trauma na cabeça é a segunda lesão mais frequente no Brasileirão por três anos seguidos. O mesmo levantamento mostra que o número de concussões diagnosticadas tem se mantido no mesmo patamar nos últimos anos. Esse fato mostra que o atual protocolo ainda é deficiente para uma lesão que pode causar danos irreversíveis no cérebro.

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Gaciba aposta que a medida terá apoio de outras confederações, podendo assim abrir espaço para que o IFAB a adote. Se for aprovada na reunião de março, a nova regra deverá passar a valer a partir de 1º de julho de 2020, que é quando começa oficialmente a temporada europeia.

“É uma iniciativa da CBF. Mas tenho certeza de que muitos apoiarão. Inclusive a comissão médica da Fifa”, acredita Gaciba.

Por determinação da CBF, a partir do segundo turno do Campeonato Brasileiro deste ano, os médicos dos clubes terão que responder a um questionário da CBF, relatando tudo que aconteceu com os atletas, independentemente de ter havido um choque mais grave. Assim, a CBF vai conseguir monitorar os casos de traumas na cabeça.

A FifPro, sindicato dos atletas profissionais, já pede desde o ano passado a substituição temporária. Além disso, o sindicato pede um médico independente nas partidas para ajudar a decidir se um jogador com suspeita de concussão deveria continuar em campo, em vez de deixar a decisão para os médicos dos times.

A entidade mostra preocupação porque, embora tais procedimentos sejam empregados com sucesso em diversos esportes, ainda não foram adotados pelo futebol profissional.

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