O Ceará decidiu que não fará Boletim de Ocorrência por causa das supostas ofensas racistas que o meia Fabinho teria sido alvo na partida desta quinta-feira, 17, contra o Santos, na Vila Belmiro. Qualquer mudança em como o clube vai agir em relação ao caso serão analisadas e definidas pelo departamento jurídico do clube cearense.
“Acho que eles vêm ver o espetáculo, que foi bonito, parabéns pela vitória do Santos. Mas querem menosprezar o Fabinho, a mim, fazer racismo chamando de negão, vagabundo… Futebol perde sua essência. Brasileiro tem que se controlar mais. Não pode ter isso, o cara ficar, ao meu ver, embriagado, xingar a gente… Tinha que estudar um pouco mais, conhecer a geografia no Brasil, falar que o Ceará joga no Norte, ou eu que não entendo muito, estudei de sacanagem”, desabafou Galhardo, um dos destaques do Ceará no Brasileirão, em entrevista ao Esporte Interativo.
O caso acontece menos de uma semana depois de o técnico Roger Machado, do Bahia, ter feito um discurso sobre o racismo no país.
Desde julho deste ano passou a vigorar o novo Código Disciplinar da Fifa. O documento prevê um combate mais duro ao racismo, à homofobia e à xenofobia. O Código estabelece o procedimento dos três passos que têm de ser adotados pelos árbitros: assim que identificarem cantos racistas, xenófobos ou homofóbicos de torcedores, o árbitro tem de parar o jogo e avisar pelos alto-falantes e telão que se parem as ofensas, suspender a partida por 30 minutos e seguir pedindo para que cessem os xingamentos e, por último, a suspensão definitiva do confronto.
O Santos afirmou que está apurando os fatos e classificou a atitude como “repugnante”.
Confira a nota oficial do Ceará.
O Ceará Sporting Club repudia os atos racistas e xenofóbicos, e se solidariza com os jogadores alvinegros.
Sabemos que as atitudes de pessoas como essas não refletem o pensamento da massa santista.
Que estes atos sejam extintos do futebol. Estamos tomando as devidas providências.
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