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Cerca de 6,5 mil trabalhadores imigrantes já morreram no Catar durante os preparativos para a Copa do Mundo de 2022, revela jornal

Ao menos 6,5 mil trabalhadores imigrantes da Índia, Paquistão, Nepal, Bangladesh e Sri Lanka, morreram no Catar desde o início das obras para a Copa do Mundo de 2022. O número foi revelado pelo jornal britânico The Guardian nesta terça-feira (23) após uma denúncia.

Ainda de acordo com o veículo, pelo menos 2 milhões de pessoas se mudaram para o país do Oriente Médio em busca de oportunidades de trabalho depois que o país foi escolhido como sede do evento mundial.

O número foi obtido através de dados governamentais da Índia, Bangladesh, Nepal e Sri Lanka, que indicam a morte de pelo menos 5.927 de seus cidadãos entre 2011 e 2020 durante suas passagens pelo Catar. Já o Paquistão indica que 824 pessoas perderam suas vidas no mesmo lugar entre 2010 e 2020.

A reportagem aponta que a totalidade de mortes seria ainda maior caso houvesse dados precisos de imigrantes de outros países que se dirigiram ao Catar para obras da Copa do Mundo como Filipinas e Quênia. Esse tipo de mão de obra tem sido um dos pilares fundamentais na construção de toda infraestrutura para o evento.

Na investigação, os principais motivos para os óbitos são “causas naturais”, normalmente por insuficiência cardíaca e respiratória. Além disso, também há mortes em decorrência de suicídios e lesões geradas por quedas e acidentes durante o trabalho. O jornal revelou que geralmente não é realizada autópsia quando se trata desses imigrantes.

Já ocorreram 37 mortes de trabalhadores diretamente ligados à construção de estádios para a Copa, dos quais 34 foram classificados como “não trabalhistas” pela comissão responsável pelo evento.

O forte calor também vendo sendo um “fator significativo” para os óbitos no Catar. Segundo a ONU, trabalhadores enfrentaram “estresse térmico significativo” por no mínimo quatro meses do ano no ambiente de trabalho.

“Lamentamos profundamente todas essas tragédias e investigamos cada incidente para garantir que as lições fossem aprendidas. Sempre mantivemos a transparência em torno desse assunto e contestamos as afirmações imprecisas sobre o número de trabalhadores que morreram em nossos projetos”, disse um comunicado enviado pelo comitê organizador da Copa do Mundo no Catar ao The Guardian.

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