Após Austrália, Reino Unido e Canadá se uniram aos Estados Unidos e aderirem ao boicote diplomático aos Jogos de Inverno de Pequim 2022, o governo chinês respondeu ao gesto e prometeu retaliações a esses países.
“A utilização por parte dos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido e Canadá da plataforma olímpica para uma manipulação política é impopular e isolacionista. Inevitavelmente (estes países) pagarão o preço de suas ações equivocadas”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, segundo a agência AFP.
“Venham ou não os seus representantes oficiais, os Jogos de Inverno de Pequim serão um sucesso. O esporte não tem nada a ver com a política. Os Jogos Olímpicos são uma grande reunião de atletas e fãs do esporte, não um cenário para que os políticos façam um espetáculo”, acrescentou.
A principal razão para o boicote diplomático são as inúmeras acusações de abusos de direitos humanos da minoria muçulmana uigur por parte do governo chinês.
Em entrevista coletiva na última terça-feira (7), o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou que está tranquilo com a situação, já que as decisões não afetam a participação dos atletas dos respectivos países.
“O COI sempre esteve preocupado com a participação dos atletas nas Olimpíadas, então recebemos bem a confirmação de que esses governos seguirão apoiando os atletas. A presença de oficiais nos Jogos é uma decisão puramente política de cada governo, e a neutralidade política do COI se aplica”, declarou Bach.
Os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim acontecerão de 4 a 22 de fevereiro de 2022.
Crédito imagem: Reuters
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