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Clarence Seedorf quer punição para jogador que se comunicar em campo com a mão cobrindo a boca

Os jogadores de futebol que cobrirem a boca para falar com adversários ou equipe de arbitragem em campo devem ser punidos com cartão amarelo, é isso o que pensa o atual técnico da seleção de Camarões, Clarence Seedorf. A ideia foi revelada pelo próprio ex-jogador a legisladores europeus nesta quarta-feira (14) em um fórum sobre discurso de ódio o esporte.

“Fala-se muito, mas não se faz o suficiente. A necessidade é óbvia e muito urgente. Da perspectiva dos atletas, tenho visto coisas como jogadores falando e cobrindo a boca durante as partidas. Houve algumas situações racistas nas últimas semanas nas quais os jogadores fizeram discursos de ódio. Essas coisas podem ser facilmente atacadas por implementação de algumas regras”, disse Seedorf.

Para sustentar sua opinião, Seedorf usou o exemplo recente do jogador do Slavia Praga, o zagueiro Ondrej Kudela. O jogador cobriu a boca quando supostamente proferiu insultos raciais contra Glen Kamara, do Rangers, durante uma partida da Europa League em março.

Kudela nega que tenha feito qualquer comentário com cunho racial contra Kamara, mas acabou sendo advertido pela Uefa com um jogo de suspensão após ter admitido ter xingado o adversário.

Seedorf, que é negro, contou aos legisladores “algumas situações racistas” e discurso de ódio que acontece em campo entre jogadores.

“Estamos falando de esporte, tem que ser transparente. Então por que eu cobriria minha boca se preciso dizer algo ao meu adversário?”, questionou o ex-jogador da seleção holandesa.

Durante a reunião, Seedorf também pediu mais diversidade no futebol, citando poucos treinadores negros em clubes e pouca inclusão em instituições como Uefa e Fifa.

“É aí que precisamos começar também, onde lideramos pelo exemplo. A partir daí, acho que você tem uma posição muito melhor também para pedir a outras pessoas que mudem”, complementou.

O evento durou 90 minutos e foi organizado em Estrasburgo, na França, pelo organismo europeu que promove os direitos humanos e o Estado de Direito na Europa.

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