Os clubes da Premier League estão discutindo o boicote publicitário a empresas que não promovem a inclusão e a diversidade, parte de uma nova frente de batalha contra ofensas online.
Um dos grupos líderes do movimento, Stop Funding Hate, está conversando com os clubes da Premier League e da EFL sobre a possibilidade de se inscrever na Rede de Publicidade Consciente (CAN), que busca impedir os anunciantes de financiar empresas que “alimentam o ódio”. A ideia surgiu após a prisão, nesta semana, de um garoto de 12 anos de idade, depois que mensagens racistas foram enviadas para Wilfried Zaha, do Crystal Palace, no Instagram.
O impulso para uma abordagem mais ética da publicidade ocorre após o sucesso da campanha Stop Hate for Profit nos Estados Unidos. No mês passado, mais de 100 empresas norte-americanas interromperam a publicidade no Facebook devido ao fracasso da empresa em lidar com o discurso de ódio em sua plataforma.
O futebol inglês está travando sua própria batalha com empresas de tecnologia que não combatem os insultos, mas as negociações com empresas de mídia social falharam. Após os insultos recebidos por Zaha, o CEO da Premier League, Richard Masters, afirmou: “Lidar com esse problema deve ser uma prioridade”.
Alex Murray, da Stop Funding Hate, disse que os clubes de futebol têm a capacidade de mudar as prioridades das empresas de tecnologia se resolverem se juntarem a outros na flexibilização financeira. “Acho que a influência que os clubes têm, além de seu enorme poder aquisitivo, significa que há uma oportunidade real de apoiar uma campanha como essa e aumentar o impacto que ela já está tendo”.
No mês passado, a Premier League lançou um portal para jogadores, treinadores e dirigentes acompanharem rapidamente as denúncias de práticas discriminativas onlines. O sistema foi desenvolvido em resposta a uma tendência crescente de mensagens preconceituosas enviadas particularmente nas redes sociais. David McGoldrick, do Sheffield United, e Christian Kabasele, do Watford, se juntaram a Zaha para compartilhar experiências discriminatórias que sofreram nessa semana.
Crédito imagem: Getty Images
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