O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta sexta-feira (8) que atletas russos e belorrussos poderão competir nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 sob bandeira neutra, sendo inscritos como Atletas Neutros Individuais, desde que cumpram algumas condições de elegibilidade. Os dois países, envolvidos na guerra com a Ucrânia, não poderão ser representados nas competições por equipes.
A decisão foi tomada em acordo com as federações internacionais, comitês olímpicos nacionais e representantes de atletas. De acordo com o COI, houve a intenção de “não punir os atletas pelas ações de seu governo”.
Ainda segundo a entidade, nenhuma bandeira, hino, cores ou qualquer outra identificação da Rússia ou de Belarus poderá ser exibida nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Além disso, nenhum governo ou funcionário estatal russo ou belorrusso será convidado ou credenciado para as Olimpíadas.
O COI anunciou que serão aplicadas rigorosas condições de elegibilidade, baseadas nas recomendações emitidas pelo Conselho Executivo para federações internacionais e organizadores de eventos esportivos internacionais. São elas:
1) Não serão consideradas equipes de atletas com passaporte russo ou belorrusso.
2) Os atletas que apoiam ativamente a guerra não serão elegíveis para participar ou competir. O pessoal de apoio que apoia ativamente a guerra não será incluído.
3) Os atletas contratados pelas forças armadas russas ou belorrussas ou pelas agências de segurança nacional não serão elegíveis para inscrição ou competição. As pessoas de apoio contratadas pelas agências militares ou de segurança nacional russas ou belorrussas também não serão inscritas.
4) Qualquer Atleta Individual Neutro, como todos os outros atletas participantes, terá que cumprir todos os requisitos antidoping que lhe são aplicáveis antes e durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
O Comitê Russo foi suspenso em outubro deste ano por conta da guerra na Ucrânia e incorporação de outras regiões ucranianas na guerra, como Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporizhia. De acordo com o COI, essas foram violações da Carta Olímpica.
Crédito imagem: divulgação
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