A Football Association, responsável por controlar o futebol na Inglaterra, lançou nesta terça-feira (27) um plano para aumentar a diversidade étnica e de gênero no esporte do país. A iniciativa tem apoio dos clubes da Premier League. A informação foi divulgada primeiramente pelo jornal The Guardian.
O Código de Diversidade é uma tentativa de corrigir um desequilíbrio flagrante de que “os clubes e as estruturas de apoio fora do campo não refletem a crescente diversidade étnica e de gênero observada em campo”. O único clube da Premier League a não assinar o código foi o Southampton.
Os clubes que concordaram com o código deverão cumprir as metas de recrutamento para cargos em todo o esporte, desde o nível executivo até o coaching. É exigido que 15% dos novos contratados para cargos de liderança sênior sejam negros, asiáticos ou de descendência mista, e outros 30% sejam mulheres. No coaching em clubes profissionais masculinos, 25% dos novos contratados serão negros ou asiáticos.
Os processos de contratação também serão alterados de acordo com o código, com no mínimo um candidato negro, asiático ou descendência mista incluído na lista de candidatos para qualquer função, caso cumpra os critérios exigidos para o cargo.
Único clube da elite a não fazer parte, o Southampton afirma que concorda com os princípios do código, mas que os dirigentes não tiveram tempo o suficiente para avaliar o código antes de seu lançamento.
“O Southampton FC apoia totalmente os objetivos do Código de Diversidade de Liderança no Futebol. Neste momento, o clube considera seu curso de ação mais apropriado para esperar e entender como um Padrão de Igualdade da Premier League revisado e o código trabalharão juntos e se complementarão antes de revisar nossas metas de recrutamento e processos já estabelecidos”, disse um porta-voz do clube.
Para o presidente do Conselho Consultivo de Inclusão da FA, Paul Elliott, o código proporcionará uma “mudança completa no futebol inglês”.
“Acreditamos que a introdução do Código de Diversidade da Liderança no Futebol sinalizará uma mudança de longo prazo para o futebol inglês. O número e a estatura dos clubes que já concordaram em se juntar a nós nessa jornada prova que juntos, com objetivos claros, transparência e desejo de ação, podemos construir um futuro melhor. Esperamos que mais clubes se juntem a nós à medida que o projeto avance”, disse o dirigente.
Atualmente, apenas cinco dirigentes são negros, asiáticos ou mestiços entre os 92 clubes da liga inglesa, sendo o técnico Nuno Espírito Santo do Wolverhampton o único da Premier League e Ben Robinson, do Burton Albion, o único presidente desse cenário.
Crédito imagem: Sky Sports
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