Agora é oficial. O governo espanhol deu luz verde para retomada do futebol no país no dia 8 de junho. E a participação do Estado nessa hora de uma crise inimaginável, que implica em uma necessária proteção à vida das pessoas, se torna fundamental. Antes de explicar, a informação.
Em entrevista à imprensa na manhã deste sábado (23/05), o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, anunciou que o futebol tem autorização para voltar.
“Com o aval do Conselho Superior de Desportos, deu-se luz verde para que se possa voltar a jogar a liga de futebol profissional, a partir de 8 de junho”, disse ele.
A La Liga foi suspensa no dia 12 de março. A suspensão aconteceu depois de ter sido decretada uma quarentena a equipe do Real Madrid, e de possíveis casos de atletas contaminados nos clubes.
A interrupção da competição, inicialmente valida por duas semanas, foi prolongada indefinidamente no dia 23 de março, Ainda faltam 11 rodadas para o fim do Campeonato Espanhol.
Com a crise provocada pelo coronavírus, o Estado passou a trabalhar junto com as organizações esportivas. E tem a palavra final sobre como e quando o esporte pode voltar. Não é uma perda de autonomia do esporte. Nada disso. Essa autonomia se legitima na proteção de valores maiores, como Direitos Humanos.
Coma se tem algo maior a proteger, a vida das pessoas, é natural que esporte e governos dialoguem, ouvindo autoridades especializadas em saúde pública, para decidir sobre a volta do esporte.
Como bem diz o professor Wladimyr Camargos, colunista do Lei em Campo e profundo estudioso dessa relação entre Estado e esporte, “o respeito aos Direitos Humanos é elemento interno, não externo, da autonomia esportiva. É autolimite próprio da Lex Sportiva“.
Mas como muitos dirigentes ainda não entenderam a necessidade de se proteger Direitos maiores, acredito ser mais do que necessária a participação do Estado nessa hora.
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