Por conta dos prejuízos causados pelo adiamento das Olimpíadas de Tóquio para 2021, o Comitê Organizador dos Jogos anunciou nesta quarta-feira (7) um processo de simplificação e redução de preparação para o evento, que irá gerar um corte de US$ 280 milhões (R$ 1,5 bilhão na cotação atual).
A redução representa cerca de 2% do orçamento total do Comitê, estimado em US$ 12,6 bilhões (R$ 70 bilhões). O motivo para a implantação da medida foi a pandemia do novo coronavírus, que agravou a situação financeira da organizadora. O Comitê Olímpico Internacional (COI) estima que o adiamento do evento deste ano para 2021, anunciado em março, acrescentou pelo menos US$ 800 milhões (R$ 4,4 bilhões) nos custos da organização.
“Desde o início discutimos como poderíamos cortar custos. O COI tem a Agenda 2020, e basicamente usamos esse novo modelo de organizar os Jogos. Quase não havia extras e há gastos impossíveis de reduzir, mas tivemos que simplificar nossa operação dos Jogos”, disse um dos representantes do Comitê.
Diante do cenário, o Comitê Organizador decidiu agir para reduzir parte dos gastos. Nesta quarta, divulgou uma lista de 50 medidas de “simplificação”. A entidade deseja reduzir parte do custo com imagem e aparência, “otimizar” as operações do revezamento de tocha olímpica, e estimular patrocinadores a enviar equipes menores ao país.
“Nos últimos dois meses fizemos estimativas, mas ainda estamos calculando o novo custo total e não podemos apresentar um número final. Vai depender das medidas que tomaremos contra o coronavírus. Se esta economia de R$ 1,5 bilhão vai ser suficiente para equilibrar os novos gastos? Ainda não sabemos”, completou o representante.
O Comitê Organizador afirmou que essa é apenas a primeira etapa do processo de redução e que novas medidas serão divulgadas nas próximas semanas.
Crédito imagem: Getty Images
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