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Como os organizadores da Tóquio 2020 pretendem fazer uma Olimpíada mais simples

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio acontecerão em 2021, mas não serão eventos grandiosos como de costume. Em razão da pandemia, o Comitê Organizador sinalizou com a ideia de simplificação.

Na 10ª reunião entre o Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Tóquio 2020 (apesar do adiamento, evento segue com o mesmo nome), mais de 50 medidas foram projetadas para maximizar a economia de custos e aumentar a eficiência na entrega das competições.

“Claro que as competições têm seus impactos financeiros. Inclusive na vida dos atletas, dos países e assim por diante. A realização desse evento já é algo a se comemorar. Desde que seja feito com toda segurança, de acordo com as especificações dos órgãos de saúde”, lembra o advogado Filipe Souza.

O presidente do COI, Thomas Bach, ressaltou o comprometimento de todos para a realização de um evento adequado para o mundo pós-pandemia logo após o encontro com os organizadores. E enfatizou que os próximos meses exigirão flexibilidade e criatividade de todos.

Entre as medidas iniciais, constam a redução de pessoal, dos serviços de transporte, e o ajuste das atividades dos espectadores nos locais de competição, além da realização de uma série de reuniões prévias de forma on-line. A previsão é que o número de autoridades, funcionários e outras pessoas diretamente associadas aos Jogos seja de 10% a 15% menor.

As ações de prevenção à Covid-19 foram agrupadas em sete áreas: procedimentos de viagens, distanciamento físico, equipamentos de proteção individual e limpeza, alimentos e bebidas, teste, rastreamento e isolamento, e fornecimento de informações e vacinas.

“Os organizadores reconheceram que, conforme medidas defensivas forem sendo desenvolvidas e revisadas, novas discussões importantes continuarão a ser conduzidas de forma conjunta pelas entidades interessadas, com foco em atletas, pessoal e espectadores relacionados aos Jogos. Além disso, haverá um monitoramento da situação global e do seu impacto nos preparativos das competições”, informa a advogada Ana Paula Terra.

“O movimento olímpico tem um desafio muito grande, uma vez que a pandemia tem diferentes estágios de desenvolvimento nos países. Muito pode mudar até os Jogos, especialmente quanto à disponibilidade de uma vacina ou não. Mas, em todo caso, é preciso garantir que preceitos básicos da lex sportiva sejam preservados, tais como a integridade dos atletas e demais envolvidos, além da igualdade de competição”, pondera Vinícius Calixto, especialista em direito esportivo.

Apesar de todas as adaptações propostas, não há planos para redução do número de atletas participantes. Mas isso não garante que não haverá prejuízo esportivo. “Sem dúvida será atípico e teremos prejuízo, mas acredito que a vitória vai muito além da cor da medalha, da posição no pódio. Já é uma vitória da humanidade conseguir realizar um evento dessa magnitude”, acredita Filipe Souza.

O presidente do Japão foi categórico na coletiva de imprensa após reunião online com representantes do COI. “Já estamos decididos a fazer isso (a Olimpíada) no próximo ano, não importa o que aconteça”, disse Yoshiro Mori.

O ‘Modelo de Tóquio’ não apenas entregará os Jogos adequados para um mundo pós-corona, como também se tornará um projeto que beneficiará os futuros Comitês Organizadores por muitos anos”, finalizou John Coates, presidente da Comissão de Coordenação da Tóquio 2020.

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