Após a recente declaração do presidente do Napoli, Aurelio De Laurentiis, de que somente iria contratar os jogadores africanos que desistissem de disputar a Copa Africana de Nações, a Confederação Africana de Futebol (CAF) divulgou um comunicado criticando a fala e pedindo que a UEFA, responsável pelo futebol europeu, abrisse uma investigação disciplinar contra o dirigente.
“Ao declarar publicamente que os jogadores que assinarem com o Napoli devem assinar uma renúncia da participação na Copa das Nações Africanas como condição de emprego, os comentários de De Laurentiis provavelmente se enquadram no artigo 14 do Regulamento Disciplinar da UEFA”, escreveu a entidade.
A CAF reforçou que está comprometida com o objetivo humanitário de promover a integração de diferentes culturas, línguas, raças e grupos étnicos. A última edição da Copa Africana de Nações foi vista em mais de 160 países e teve uma audiência superior a 600 milhões de pessoas.
“Nós deveríamos assumir que o presidente do Napoli iria incluir restrições semelhantes para jogadores da América do Sul, Ásia ou outra confederação, de proibi-los de disputar competições continentais, que são tão importantes para o futebol?”, questionou.
Tradicionalmente, a Copa Africana de Nações é disputada em janeiro, no meio da temporada europeia. Na última temporada, o Napoli sofreu com o desfalque de três jogadores: Koulibaly (Senegal), Anguissa (Camarões) e Osimhen (Nigéria).
A próxima edição da competição, que será disputada na Costa do Marfim, está prevista para janeiro de 2024.
Crédito imagem: getty images
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