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Copa: Entrevista coletiva pré-jogo dos EUA vira discussão de problemas políticos envolvendo o Irã

A entrevista coletiva às vésperas do duelo entre Estados Unidos e Irã, que se enfrentarão nesta terça-feira (29), às 16h (de Brasília), foi marcada por tensão. Os norte-americanos, representados pelo técnico Gregg Berhalter e pelo capitão Tyler Adams, receberam poucas perguntas sobre futebol e muitas sobre os conflitos entre os dois países. A informação foi divulgada pelo ‘ge’.

Entre os questionamentos feitos um deles foi pedido de exclusão dos Estados Unidos da Copa do Mundo após a mudança na bandeira iraniana em um post nas redes sociais. Os jornalistas, especialmente do Irã, adotaram uma postura mais agressiva nas perguntas para os dois representantes norte-americanos.

Os dois até tentaram minimizar os problemas extracampo e enfatizar a importância da partida na busca pela classificação para as oitavas do Mundial, mas isso não aconteceu.

“Quando penso nessa partida, sei que envolve outras coisas, outros sentimentos. Mas para nós é um jogo de futebol contra um bom time, um duelo que se tornou mata-mata, com as duas equipes em busca de classificação. Assim que pensamos este confronto. O esporte tem que unir os países, assim como vemos nas olimpíadas. Como irmãos”, disse Gregg Berhalter.

Ao serem questionadas sobre a mudança na bandeira iraniana, o treinador se desculpou, mas contou que os jogadores e integrantes da comissão técnica não tem qualquer participação no que as redes sociais dos Estados Unidos publicam.

“Não temos ideia do que é feito, do que é publicado. Não quero parecer que não me importo, mas esses jogadores trabalharam muito para chegar aqui, e estamos concentrados no nosso trabalho. Tudo que podemos é pedir desculpas, em nome dos jogadores e do nosso staff”, acrescentou Berhalter.

Já o capitão Tyler Adams foi questionado sobre ter pronunciado a palavra Irã de forma errada. Além disso, o jogador foi perguntado sobre o sentimento de defender um país que tem muitos problemas com o racismo.

“Me desculpe pela pronúncia errada. Existe discriminação em qualquer lugar, o que posso atestar ao viver fora do meu país. Nos Estados Unidos estamos fazendo progresso a cada dia. É um processo, acho que o mais importante é isso, ver progresso”, respondeu Adams.

Em outro momento tenso da entrevista coletiva, o treinador foi perguntado por um jornalista iraniano o que achava de os americanos poderem entrar no Irã e ele e seus compatriotas não poderem entrar nos Estados Unidos.

“Não sei sobre política internacional, sou treinador. Não posso responder sobre isso”, respondeu.

A partida será decisiva para os dois países. O Irã está em segundo lugar no Grupo B com três pontos, e os EUA estão em terceiro com dois. O duelo será decisivo para saber quem volta para casa. Na outra partida do grupo, a líder Inglaterra, que tem quatro pontos, enfrenta o País de Gales, lanterna com um.

Crédito imagem: Getty Images

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