A Guarda Revolucionária do Irã ameaçou prender e torturar os familiares dos jogadores da seleção do país casos eles não se “comportassem” durante a Copa do Mundo do Qatar. A informação foi divulgada pela CNN.
De acordo com a emissora, uma fonte envolvida na segurança do Mundial revelou que os jogadores foram convocados para uma reunião com membros da Guarda Revolucionária depois de recusarem a cantar o hino nacional iraniano na partida de estreia da Copa, contra a Inglaterra, na segunda-feira retrasada (21).
Segundo a fonte, as ameaças teriam acontecido nesse encontro, onde ficou explícito que haveria represálias contra as famílias caso os atletas se recusassem a cantar o hino nas partidas seguintes ou se fizessem qualquer ato político contra o governo iraniano.
A recusa em cantar o hino antes do jogo foi entendida como um apoio às manifestações que estão acontecendo no Irã desde a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos da cidade de Saqez, que morreu em 16 de setembro em Terrã após ser presa e violentada por policiais pelo “uso inadequado” do hijab, o véu islâmico.
Na segunda partida da seleção iraniana na Copa do Mundo do Qatar, contra o País de Gales, os jogadores cantaram o hino nacional.
Ainda segundo a fonte da CNN, dezenas de oficiais da Guarda Revolucionária estão no Qatar monitorando os jogadores iranianos, que não podem socializar com atletas de outras seleções nem com outros estrangeiros.
Crédito imagem: Sebastian Frej/MB Media/Getty Images
Nos siga nas redes sociais: @leiemcampo