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Copinha terá papel importante para o desenvolvimento do futebol feminino do país

A Federação Paulista de Futebol (FPF) juntamente da Prefeitura de São Paulo anunciaram, na última sexta-feira (2), um acordo para a realização da primeira edição da Copa São Paulo de Futebol Júnior Feminina, também conhecida como Copinha. A competição, prevista para acontecer em dezembro deste ano, certamente terá um papel fundamental para o desenvolvimento do futebol feminino do país.

“O cenário do Futebol Feminino no Brasil vem se transformando nos últimos anos, inclusive, através das fortes iniciativas da própria FPF, que além de outras ações, investiu também em peneiras para as meninas que sonham em ser jogadoras. Essas movimentações são frutos das diretrizes estabelecidas pela FIFA, quando voltou seu olhar para o Futebol Feminino mundial, compreendendo que a base é essencial para que a categoria se desenvolva, já que oportuniza a prática e o aperfeiçoamento das habilidades desde a infância. Além disso, a constante capacitação dos profissionais que atendem a categoria, seja na área que for, também é imprescindível para que sigamos evoluindo nesse sentido”, avalia a advogada Luiza Castilho, especialista em direito desportivo.

Segundo o advogado Higor Maffei Bellini, a Copinha Feminina obrigará os clubes a investir também nas categorias de base, e não somente nas equipes principais.

“Isso acabará com aquela ideia de que a categoria feminina serve apenas como pré-requisito para as equipes masculinas disputarem os torneios. A competição obrigará aos clubes investirem na formação das atletas desde a base. A Federação Paulista já vinha sinalizando a importância da base feminina, com a realização dos festivais, para as idades sub-12 ou sub-13, dando assim a possibilidade das meninas, desde cedo passarem a disputar jogos com características oficias, ajudando na formação da cultura esportiva para as jogadoras”, pontou o especialista em direito desportivo.

De acordo com o comunicado da FPF e da Prefeitura de São Paulo, o torneio contará com a participação de 16 equipes divididas em quatro grupos, contando ainda com as fases de semifinal e final. Os times participantes serão decididos nos próximos meses.

“A competição masculina tem 128 clubes e é a maior competição de base do mundo. A gente começa (a feminina) com 16, mas a nossa expectativa é que a gente vá ampliando a cada ano o número de clubes participantes e com equipes de todo o Brasil”, disse Mauro Silva, vice-presidente da FPF.

Higor Maffei Bellini entende ainda que a Copinha Feminina vai ajudar na profissionalização das jogadoras.

“Os clubes, com medo de perder as suas estrelas, vão passar a fazer o contrato profissional, com elas para evitar que troquem de equipes sem compensação financeira, até mesmo para recompor o valor gasto na formação das atletas.  É um efeito indireto da competição, trazer para o feminino a tão bem falada profissionalização da modalidade”, encerrou.

No anúncio, a Prefeitura de São Paulo prometeu investir até R$ 3,5 milhões para viabilizar a competição e assegurar suporte operacional. Mauro Silva classificou a decisão de criar a competição como uma “reparação histórica”.

Proibidas de jogar futebol por 40 anos, as mulheres vêm ganhando cada vez mais protagonismo no futebol brasileiro. A atual edição do Campeonato Paulista, por exemplo, distribuirá, R$ 3,1 milhões em premiações.

Em crescimento, as competições femininas também estão caindo nas graças do público. Mais de 4,8 milhões de pessoas acompanharam a final da edição de 2022 do Paulistão Feminino pela televisão e outras 20.071 assistiram à partida entre Palmeiras e Santos do estádio.

Crédito imagem: Luiza Moraes/Staff Images Woman/CBF

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