Por Carlos Alexandre Ribeiro
Estamos vivendo um período difícil por causa da epidemia COVID-19. Por causa disso, inúmeros trabalhadores autônomos, empresas, corporações e entidade de prática desportiva estão tendo um déficit orçamentário.
Quantas empresas decretaram falência neste um ano e meio de pandemia? Segundo o índice do IBGE, em 2020 mais de 700 mil empresas fecharam. Imaginemos quantas famílias foram atingidas em decorrência disso.
No futebol, a situação não é diferente. Vários clubes demitiram jogadores, funcionários diretos e indiretos para equilibrar o orçamento, manobras que, infelizmente, não surtiram muito efeito. Mas, afinal, como usar a crise como um aliado? Como potencializar a marca dos clubes, entidades de prática de desporto em meio ao caos?
Parece contraditório, mas não é. Enquanto, infelizmente, várias empresas fecham, outras abrem. Ainda sim, por mais inusitado que pareça, existem aquelas que estão faturando mais do que antes.
Listamos dez empresas que cresceram exponencialmente em época de pandemia: Netflix, Ifood, Facebook, Amazon, 3M, Nubank, Banco Inter, Mercado Livre, Magazine Luiza e PayPal. Sabe o que estas empresas têm em comum? POTENCIALIZAÇÃO DA MARCA. Ou seja, elas estão presentes na internet fazendo bom uso do marketing digital, investindo no branding, equity e, com isso, agregando valor na vida dos consumidores.
Lamentavelmente, os clubes de futebol não estavam preparados para enfrentar a crise, o que expôs cada um às severas consequências da pandemia. Principalmente, pela falta de receita. Ainda sim, com o crescimento e disrupção da internet, vários clubes não fazem proveito assertivo desta ferramenta.
Sem usar a internet, o marketing digital, planejamento estratégico e branding, dificilmente os clubes terão os mesmos resultados das empresas privadas, exemplo citado acima.
É importante que as agremiações esportistas interajam-se com os torcedores, criem uma rede de relacionamento, passem confiança e credibilidade para eles, mesmo que não tenham jogos por causa dos decretos estaduais. Por isso, é necessário para as entidades manter o contato via internet, redes sociais e outros meios de comunicação com os seus torcedores, porquanto, são estes que dão retorno ao clube.
Potencialização da marca é enraizar na mente do consumidor, ora, torcedor de futebol, a imagem que a empresa quer passar, fazendo uso do Branding.
Branding é um processo mental, racional, emocional e não exatamente um processo de criação de nomes e logotipos. Neste momento tão árduo que todo torcedor está passando, os clubes deveriam usar o branding para valorizar a marca (CLUBE).
Estar próximo do torcedor, interagir-se com eles, demonstrar que são importantes para agremiação e agregar valor na vida deles, com certeza fará com que a marca e a receita cresçam.
A pandemia do COVID-19 traz consigo uma grande oportunidade. O clube que souber fazer o uso da era digital e estabelecer uma comunicação com os seus torcedores fará a diferença no mundo atual.
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Carlos Alexandre Ribeiro é advogado, especialista em Direito Desportivo; Gestão, Marketing e negócios no Esporte pela Federal Concurso; Auditor da 1ª Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva da Liga Paulista de Futsal, Auditor da Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBF/FUT 7.