O corredor queniano Michael Saruni foi suspenso por quatro anos, até 2027, por uma atitude digna de filme. Ele tentou trocar de lugar com um sósia para não fazer um exame antidoping em 2022. A informação foi divulgada pelo ‘ge’.
O gancho foi anunciado nesta semana pela Agência Antidoping do Quênia (ADAK), que já havia suspendido provisoriamente o atleta no início do ano passado.
Saruni disputou os 800 metros nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, chegando às semifinais. Em 2022, durante as qualificatórias quenianas para o Mundial de atletismo, ele teve um comportamento suspeito. Selecionado para o exame antidoping, o corredor começou a tossir muito e pediu para ir ao banheiro.
“Eu conseguia ouvir alguém tossindo e apertando a descarga na cabine. Pedi para que a porta fosse aberta. Um homem saiu com as mesmas roupas da pessoa que vi entrar no banheiro. Percebi, no entanto, que ele não parecia um atleta que tinha acabado de competir e nem estava tossindo”, contou Anthony Kamau, membro da ADAK, que acompanhou Saruni na preparação para o exame.
Ainda houve relatos de que, ao ser visto após a tentativa de troca com o sósia, o atleta teria corrido e pulado por cima de uma parede.
Saruni alegou que nunca foi abordado para realização de exame antidoping, tão pouco teve identificação pedida por membros da ADAK.
A ADAK descartou esses argumentos e afirma que descobriu um pagamento feito por Saruni ao sósia, identificado como Dennis Mwangi. O corredor disse que o dinheiro ajudaria o amigo a pagar despesas de hotel.
A suspensão de Saruni foi divulgada juntamente de outras mais de 40 atletas quenianos. O Quênia enfrenta uma onda de casos de doping, abrangendo vários esportes.
Crédito imagem: Athletics Kenya/Twitter
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