Em assembleia geral de credores, realizada na última terça-feira (27), foi aprovada a recuperação judicial do Guarani. A proposta é que dívidas cíveis e trabalhistas acumuladas no valor aproximado de R$ 60 milhões sejam pagas ao longo de 12 anos.
Dos quase 400 credores presentes na assembleia, apenas 21 se mostraram contrários. A aprovação foi de 94% no trabalhista, cerca de 75% no quirografário e 80% no ME/EPP.
Na área trabalhista, com aproximadamente R$ 15 milhões de dívidas, ficou definido que quem cobra até 180 salários mínimos vai receber em até 36 parcelas mensais. Já acima desse valor, o acordo prevê receber a diferença com 70% de desconto.
Em relação às dívidas cíveis, o Guarani vai começar a pagar daqui um ano e meio e tem até 12 anos para terminar. Estão incluídos no pacote cível os passivos de R$ 38 milhões com credores quirografários (que são aqueles sem prioridade) e R$ 8 milhões com credores de médias e pequenas empresas.
Ricardo Moisés, CEO do Guarani, comemorou a aprovação do plano de recuperação judicial.
“Me sinto realizado em ver que começaremos uma nova era. De forma viável, vamos pagando dívidas antigas que assombram o clube e não nos deixam prosperar há anos. Com equilíbrio, administração e organização pagaremos nossos credores nos próximos anos e teremos um futuro muito melhor. É uma melhora de longo prazo, sendo um passo sólido na história do Bugre”, declarou.
“Foram dois anos de trabalho diário para chegarmos nessa assembleia e começarmos a escrever uma nova página na história do Guarani. Um clube da nossa grandeza merece grandes passos por um futuro vencedor”, disse Fábio Araújo, presidente do Conselho Fiscal do Bugre.
O Guarani ingressou com pedido de recuperação judicial em março do ano passado. A partir da aprovação da Justiça, a fase seguinte foi de elaboração do plano de pagamento.
O Bugre tem 90 dias para iniciar o pagamento após a homologação e precisa honrar os compromissos firmados para não entrar em processo de falência. Se o Guarani não cumprir, serão penhoradas cotas televisivas e imóveis colocados pelo clube como garantia.
Crédito imagem: Divulgação
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