O Cruzeiro sofreu uma nova sanção da FIFA, desta vez, o clube ficou impedido de registrar novos jogadores. Tudo por conta da ação do Zorya, da Ucrânia, que cobra 1 milhão de euros (R$ 6,3 milhões na cotação atual) pela transferência do atacante Willian, hoje do Palmeiras. A informação foi divulgada pela Rádio Itatiaia.
No fim de maio, o presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, havia anunciado um acordo com o clube ucraniano. O Cruzeiro deverá entrar em contato com a FIFA para contar sobre o combinado feito.
Vale lembra que essa é a segunda punição do clube mineiro pela FIFA. Ainda em maio, o Cruzeiro foi punido com a perde de 6 pontos no Campeonato Brasileiro Série B por conta do não pagamento de 850 mil euros (R$ 5,3 milhões na cotação atual) com o Al Wahda, dos Emirados Árabes, referente ao empréstimo do volante Denílson. O clube ficou de pagar a dívida até outubro.
Com um total de R$ 70 milhões em dívidas com a FIFA, o Cruzeiro já pagou cerca de R$ 30 milhões após o início da gestão de Sérgio Santos Rodrigues.
Confira a nota oficial do Cruzeiro sobre o assunto:
“O Cruzeiro Esporte Clube confirma que recebeu um contato da Fifa sinalizando que o FC Zorya contesta acordo firmado entre os clubes, anunciado oficialmente no mês passado, envolvendo a dívida de 1.159.786,31 euros, vencida em 20 de agosto de 2020.
Diante da contestação do FC Zorya, a Fifa aplicou a sanção de transfer ban (impossibilidade de registro de novos jogadores), o que é lamentado e contestado pelo Cruzeiro Esporte Clube, já que o acordo celebrado entre as partes, se fez mediante canais oficiais previstos pela Fifa para tanto.
Na véspera da data de vencimento da dívida, o FC Zorya notificou o Cruzeiro, por meio de seu e-mail oficial, cadastrado no Fifa/TMS, informando que realizou uma cessão do crédito específico ao Alik Football Management, da Estônia. Desta forma, o Cruzeiro negociou o parcelamento do débito diretamente com o Alik, mas, para se resguardar, exigiu que o FC Zorya fizesse parte do acordo como terceiro interessado, e informou que faria o pagamento somente após sua homologação pela Fifa.
No trâmite, além do selo de autenticação e assinatura do representante do FC Zorya em todos os documentos, nos quais o mesmo atesta, num primeiro momento, a cessão do crédito para o Alik, e, num segundo momento, o termo de formalização do acordo, é importante destacar que a comunicação entre todos os envolvidos sempre se deu por meio dos canais oficiais estabelecidos pelo sistema Fifa/TMS, que é extremamente rigoroso com o acesso, cadastramento e processos dos seus e-mails.
Sendo assim, diante da manifestação do FC Zorya, a contestação do Cruzeiro se baseia em duas variáveis: ou o sistema da Fifa apresentou algum tipo de falha, o que é pouco provável, ou o clube ucraniano está contradizendo os documentos que seu próprio representante validou e assinou, documentos estes disponíveis em anexo à esta nota.
Por esta razão, na noite de ontem, 1º de setembro de 2020, o Cruzeiro enviou manifestação formal à Fifa, esclarecendo o ocorrido e exigindo a reconsideração da pena por ora imposta. O Clube reitera que em todos os momentos e processos agiu com absoluta clareza, boa fé e dentro da legalidade, confiando que a comunicação feita por meio dos canais oficiais da Fifa, com todos os envolvidos em cópia, inclusive o advogado do FC Zorya, são válidas”
Crédito imagem: Cruzeiro/Divulgação
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