O clube empresa não foi criado pela Lei das SAFS, uma vez que os times de futebol poderiam se organizar sob qualquer forma empresarial preexistente.
Da mesma forma, o Cruzeiro não inventou a SAF, mas foi o primeiro grande clube a aderir ao formato jurídico empresarial criado pela nova lei.
Assim, o Cruzeiro Esporte Clube, um dos maiores clubes de futebol do Brasil, passou por uma transformação significativa em sua estrutura organizacional em 2019, quando decidiu se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Antes da transformação, o clube era uma associação sem fins lucrativos, ou seja, sua gestão era feita por um conselho administrativo eleito pelos sócios do clube.
Entretanto, essa estrutura tradicional de gestão se mostrou insuficiente para lidar com a complexidade e as demandas financeiras do clube dentro do cenário do futebol moderno e o Cruzeiro enfrentou a maior crise financeira da sua história.
Nesse esteio, em meio a uma crise financeira e esportiva, o Cruzeiro decidiu adotar o modelo de SAF. Essa mudança significa que o clube se tornou uma empresa de capital com administração profissional.
Adquirida por Ronaldo Fenômeno, o Cruzeiro SAF espera aumentar sua capacidade de investimento em jogadores e infraestrutura, bem como atrair novos investidores e patrocinadores.
Além disso, a SAF também permite uma gestão mais profissionalizada, com um conselho de administração e um CEO responsável pela gestão executiva do clube.
Vale destacar que a transformação do Cruzeiro em SAF não foi fácil. Houve resistência de alguns torcedores e sócios do clube, que acreditavam que a mudança poderia comprometer a tradição e a identidade do clube.
Ademais, a transição foi marcada por problemas, como a demissão de funcionários e a descoberta de irregularidades financeiras na gestão anterior.
Apesar dos desafios, a transformação em SAF tem trazido bons resultados ao Cruzeiro e deu ao time de futebol a oportunidade de se reerguer e voltar a competir em alto nível no futebol brasileiro.
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