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De quanto tempo um gênio precisa?

O que Bernardinho, Alex Ferguson e Bill Belichick têm em comum além do sucesso do lado de fora das quatro linhas? Tempo! Tempo para dar continuidade ao seu projeto. Tempo de aperfeiçoá-lo.

Uma das maiores personalidades do esporte brasileiro, Bernardo Rocha de Rezende é considerado por muitos o maior campeão da história do voleibol mundial. Bernardinho, como é conhecido, acumula em seu currículo mais de trinta títulos importantes na carreira, entre eles, seis medalhas olímpicas (cinco como técnico é uma como jogador).

À frente da Seleção Brasileira de Vôlei por 22 anos, masculina e feminina, criou um legado conhecido como “Era Bernardinho”, a sequência mais vitoriosa da história na modalidade, transformando o vôlei brasileiro em um dos principais do planeta.

Além dele, com o título de Sir agraciado pela rainha da Inglaterra, o escocês Alex Ferguson, considerado por muitos o maior técnico de futebol de todos os tempos e o mais vitorioso técnico da Inglaterra, não deixa nada a desejar ao técnico brasileiro. Fergie, como também é chamado, fez a carreira comandando durante 27 anos os “Diabos Vermelhos”, como são chamados os jogadores do Manchester United.

Graças a Alex Ferguson, a equipe de Manchester se tornou uma das mais importantes e vitoriosas equipes da Inglaterra, com 39 títulos, sendo treze Premier League, duas Champion League, dois mundiais de clubes e uma Supercopa da Uefa.

Por fim, mas não menos importante, a caminho do seu nono Super Bowl, William Stephen Belichick já conta com cinco anéis em sua coleção (prêmio dado aos vencedores da NFL – Liga Nacional de Futebol Americano).

Bill Belichick é um dos mais vitoriosos treinadores na história do esporte mais popular e mais rico do mundo – o futebol americano. Seu sucesso, principalmente liderando a equipe dos New England Patriots, franquia da NFL sediada em Foxborough, na região de Boston, continua até os dias de hoje. Em parceria com o maior nome do futebol americano dentro das quatro linhas, o quarterback Tom Brady, Bill entrou no 19º ano comandando o recém-classificado time para o Super Bowl LIII, evento esportivo mais visto e mais lucrativo dos EUA, que ocorrerá em fevereiro de 2019.

Poderíamos citar outros gênios que, com muito talento e paixão, dedicaram anos de suas vidas às vitoriosas equipes que comandaram, como Connie Mack (conquistou cinco vezes o título da Série Nacional de Beisebol durante os 49 anos em que esteve à frente da equipe do Philadelphia Athletics) ou Phil Jackson (técnico mais vitorioso da NBA – liga americana de basquete –, com 11 títulos apenas em passagens por Chicago Bulls nos anos 90 e Los Angeles Lakers nos anos 2000).

Esses “craques” da articulação conseguiram, ao longo dos anos, carreiras vitoriosas por meio da continuidade de seus projetos.

Na contramão, segundo estudo feito pela CIES Football Observatory, em 2016, os técnicos brasileiros de futebol permaneceram, em média, 5,2 meses no cargo. Se compararmos com os treinadores franceses de futebol (onde o ciclo também é pequeno), a durabilidade cai para quase um terço do período médio.

Nem todos são geniais! Mas será que a troca prematura de técnicos, como vem acontecendo no Brasil, está frustrando, no longo prazo, o resultado esperado pelos times?

Para os amantes do esporte, as mentes brilhantes superaram, em muito, a expectativa.

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