A defesa de Eduardo Bauermann, do Santos, entrou com um pedido na Justiça de Goiás para que as investigações de participação do jogador no esquema de manipulação de apostas no futebol brasileiro sejam anuladas. O zagueiro é acusado de receber pelo menos R$ 50 mil para ser expulso em uma partida de seu time contra o Avaí, no Brasileirão do ano passado.
Segundo a ‘Veja’, a alegação da defesa é de que tanto a Justiça quanto o Ministério Público de Goiás não têm competência para investigar e julgar delitos praticados por outros estados.
“Os fatos narrados abrangem atletas que atuam nos mais diversos clubes de futebol espalhados Brasil afora, bem como partidas realizadas em diversos territórios da Federação, tendo em vista que os jogos em questão eram relativos ao Campeonato Brasileiro de Futebol, em suas Séries A e B. Com isso, pelo que se depreende, já é possível concluir ser incompetente o juízo estadual goiano para processar e julgar os fatos, tendo em vista serem interestaduais os fatos delituosos narrados”, diz a defesa de Bauermann.
Os advogados que defendem o zagueiro argumentam ainda que o ministro da Justiça, Flávio Dino, pediu para a Polícia Federal investigar esse e outros casos de fraudes esportivas no país, além da criação de uma Comissão de Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso, ou seja, há mais duas indicações de que os delitos deveriam ser apurados no âmbito federal, não estadual.
Para corroborar com sua defesa, o zagueiro do Santos enviou uma lista de testemunhas à Justiça para serem ouvidas, são elas: Odair Hellmann, Alexandre Gallo, Lisca, André Mazzuco, Paulo Bracks, Messias, Diogo Castro, Andrigo, Márcio Bittencourt e Juninho (jogador do América-MG).
Pelo envolvimento no esquema de manipulação, o zagueiro Eduardo Bauermann recebeu doze jogos de suspensão pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Crédito imagem: Santos/Divulgação
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