A polêmica em volta da eleição do presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) vai ser “decidida pela FIFA”, afirmou a secretária-geral da instituição guineense, Virgínia da Cruz, em entrevista ao site português Lusa.
No dia 8 de agosto, um grupo de clubes e associações da FFGB elegeu o empresário Fernando Tavares ‘Bené’ como presidente da entidade local, contrariando às recomendações feitas pela FIFA, segundo afirmou a secretária-geral.
Alguns dias depois, diferentes presidentes de clubes que supostamente participaram da eleição enviaram cartas à secretária-geral da FFGB para reclamarem do ato que consideraram ilegal.
Na segunda-feira (17), um outro grupo de clubes e associações fez uma petição à federação para pedir a remarcação de uma nova eleição para a presidência da instituição.
Perante os dois posicionamentos, Virgínia da Cruz diz ter sido enviada pelo Comitê Executivo da FFGB para informar a FIFA e aguardar novas instruções sobre qual o melhor caminho a ser seguido.
A secretária-geral também informou que o Governo e o Ministério Público de Guiné-Bissau estão solicitando informações para analisar a polêmica que se instalou após o Comitê de Ética da FIFA suspender, por 10 anos, Manuel Lopes, o último presidente da entidade e que se preparava para se candidatar a um terceiro mandato à frente da FFGB.
Manuel Lopes foi suspenso pela FIFA por ser acusado de comportamento antiético por parte de um dirigente esportivo, ao não prestar ajuda moral e física a um homem que estava sendo alvo de ataques por populares nas ruas de Guiné-Bissau.
O ex-dirigente da entidade viajou para a Europa com o objetivo de conseguir um efeito suspensivo nas instâncias superiores da FIFA.
O grupo de associados da FFGB que elegeu Fernando Tavares, acusa o Comitê Executivo de manobras para não realizar a eleição, com adiamentos sucessivos da reunião, na esperança de que Manuel Lopes consiga um efeito suspensivo e esteja livre para se candidatar na eleição.
Crédito imagem: Fifa/Divulgação
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