A empresa ‘Marcelo D’Araujo Fornecimento de Alimentos LTDA’ foi à Justiça para pedir a prisão de Jorge Salgado, atual presidente do Vasco, por desobediência judicial caso não apresente em juízo “todas as fontes de renda do clube tal qual apresentadas no balanço contábil como recebíveis, incluindo as novas negociações de jogadores de forma que justifique a inadimplência e ou seja provada a evasão fiscal”. A informação foi revelada primeiramente pelo site ‘Esporte News Mundo’.
O processo, que corre na 34ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, teve seu início em 2018 e realização de acordo entre as partes em 2019. No entanto, por conta da inadimplência por parte do Vasco nos pagamentos estabelecidos, acabou sendo reativado agora.
Diante da falta de compromisso, a empresa pede:
a) Que o executado seja intimado na pessoa do seu Presidente, na condição de representante legal, para apresentar em Juízo, sob pena de prisão por desobediência judicial todas as fontes de renda do clube tal qual apresentadas no balanço contábil como recebíveis, incluindo as novas negociações de jogadores de forma que justifique a inadimplência e ou seja provada a evasão fiscal;
b) Que as entidades reguladoras do futebol FERJ, CBF e FIFA sejam intimadas para que informem em Juízo os valores recebidos pelo clube por transferência de jogadores, premiações e afins no período de setembro de 2020 até a recém classificação do clube para a fase subsequente da Copa do Brasil, o que pode ser feito no mesmo ofício que determina que tais verbas devem ser depositadas em Juízo;
“Como já devia ter sido previsto, o Clube novamente ludibriou o exequente, não cumprindo com o acordo, se fechado ao diálogo e contratando nova consultoria. A estratégia é a mesma independente da gestão ou dos gestores envolvidos, ao ponto de ser possível especular se se trata de alguma orientação institucional. O clube assume as responsabilidades, extrai o máximo de seus atletas, funcionários, colaboradores e fornecedores, acumula uma dívida alta que é a todo custo empurrada para próxima gestão”, argumenta a empresa.
“Ao aderir ao referido acordo, o Vasco renunciou a todo e qualquer expediente para discutir o crédito, além de ter escolhido os parâmetros de cálculo de atualização da dívida e de um eventual retorno da execução, preceituando ainda a multa condenatória e os honorários advocatícios”, completou a empresa na ação, que ainda aproveitou para cobrar a dívida atualizada no valor de R$ 1.650.714,56.
Para que o pagamento seja cumprido, a empresa ainda pediu para o magistrado responsável pela ação defira novas penhoras sobre os créditos que o Vasco tem a receber de seus patrocinadores, sócio torcedor, CBF e direitos de transmissão.
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