O agente André Cury ingressou com um pedido de penhora das cotas sociais da Arena MRV por conta dos créditos de mais de R$ 64 milhões que tem com o Atlético-MG. A informação foi divulgada com exclusividade pelo site ‘Goal’.
A petição foi enviada ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) em 21 de março e assinado pelas advogadas Adriana Cury e Fernanda Saade. O documento pede também a penhora das cotas do fundo de investimentos que é proprietário do estádio do clube mineiro.
As representantes do empresário solicitam o bloqueio para complementar uma das hipotecas feitas na venda do shopping Diamond Mall para a Multiplan. A empresa depositou em juízo R$ 14.259.767,58. No entanto, o valor que deveria ser depositado em uma das ações era de R$ 14.580.024,32, uma diferença de R$ 320.256,74.
Buscando garantir que receberá o valor integral, André Cury pede a penhora das cotas sociais da empresa Vencer Complexo Esportivo Multiuso SPE LTDA – responsável pela gestão da Arena MRV – e do Fundo de Investimento Imobiliário – AVM FII.
No documento, o agente alega que o Atlético-MG adota uma estratégia para esvaziar o patrimônio e lesar credores. O clube recebeu o valor da venda de 50,1% do shopping Diamond Mall por meio da empresa Vencer Complexo Esportivo Multiuso SPE LTDA, que foi integralizada ao Fundo de Investimento Imobiliário – AVM FII. O valor integral foi utilizado na construção do estádio.
A reclamação de André Cury é justamente que o Atlético-MG colocou o valor da venda de 50,1% das ações do shopping nos cofres da empresa que gere a Arena MRV.
Por fim, a petição pede ainda que a Multiplan seja intimada a reservar e depositar em juízo os valores correspondentes à atualização mensal (juros e correção monetária), o que deverá ser realizado mensalmente até a data que for deferido o levantamento, em decorrência da hipoteca judicial existente que concede a preferência no recebimento dos valores.
André Cury tem 28 ações contra o Atlético-MG por causa de pendências financeiras envolvendo 19 jogadores que passaram pelo clube. Alguns dos processos envolvem os seguintes atletas: Lucas Pratto, Luan, Rosinei, Frickson Erazo, Eduardo Vargas, Guilherme Arana e outros. O clube reconhece todos os débitos.
Crédito imagem: Arena MRV/Divulgação
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