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Enfim, o fim do ano chegou?

Esta é a penúltima terça-feira de 2020. E o ano já se encerra. Todos ao nosso redor se preparam para dar adeus aos 365 dias mais inusitados e inesperados que foram vividos na última centúria.

Reinventar, ressignificar, repensar foram expressões das mais empregadas, aqui no Brasil, a partir de março. Tudo parou (ou quase tudo…); porém, ninguém poderia (ou queria) parar, as pessoas queriam andar. E dai, vieram perdas e mais perdas de toda a sorte e natureza. As que mais doem são as vidas humanas que se esvaíram com a pandemia de covid-19, gente nova e idosa, com ou sem comorbidades. Tivemos e teremos ainda que conviver com isso. Cada um sabe a sua própria dor. E ainda existem aqueles que não sabem ou preferem ignorar, por lhes faltar bom senso ou senso de comunidade.

D’outro giro, nos vimos forçados a sair das zonas de conforto e costume para inovar e desenvolver, sem sair de casa. Cunhou-se a expressão “novo normal” para desenhar o nosso porvir, pelo menos até surgir uma vacina que, como uma poção mágica, possa nos devolver o nosso passado.

A verdade é que 2020 está marcado em nossa vida como turning point em diversos fatores e para diversos setores. Não há como fugir dele, nem das suas consequências visíveis e invisíveis. É como todos fossemos tatuados para nunca esquecer.

E no mundo dos esportes? E no direito desportivo?

Não pretendo aqui fazer minudente retrospectiva do que escrevi e outros tantos talentosos amigos e amigas escreveram sobre os efeitos da pandemia nos esportes e no direito desportivo.

De fato, o mundo esportivo foi forçado a se adaptar para sobreviver. Atletas, árbitros, clubes e federações tiveram que se amoldar a esse tempo incerto, para que o show pudesse continuar. E nisso vieram os protocolos sanitários, jogos sem torcida, a experiência dos jogos em bolha, o incremento do streaming. Algumas coisas novas e outras aceleradas em face da realidade.

E o que dizer das perdas de ídolos do esporte? Kobe, Maradona…Apenas chorar, lamentar e celebrar os feitos que fizeram deles imortais para os amantes dos esportes!

Houve significativos avanços no enfrentamento de questões que sempre foram delicadas no âmbito esportivo, como posicionamento político de atletas, debates antirracista e gênero.

Certamente, não poderíamos ter tanto em tempos plácidos e navegando em mares calmos. Somente no revolver das ondas é que se assuntos deste jaez são enfrentados com mais sinceridade. E foi o que vimos com a explosão do caso George Floyd e sua repercussão em todo o globo, por exemplo. Grandes ligas se vendo compelidas a tratar adequadamente, sem peias, amarras ou tergiversar! A FIFA mudou a postura, a NBA admitiu estampar o Black Lives Matter e outras mensagens nas camisas dos atletas, a NFL teve que fazer o mesmo com nos capacetes…

Mesmo a contragosto de alguns, que acham que tudo isso é mimimi, ou que é tema para debaixo do tapete, esse sensíveis assuntos ganharam eco e poderão permitir mudanças no futuro mais próximo, o que não deixa de ser uma evolução dentro do mundo esportivo, que é marcadamente controlado por manu militare dos dirigentes esportivos.

Farei um recorte curto sobre o direito desportivo também. Nunca tivemos tantos eventos e cursos; lives e mais lives, das mais diversas formas; na justiça desportiva, os julgamentos passaram a ser virtuais, permitindo ainda mais que as pessoas a conhecessem, sobretudo porque é tida para muitos como uma caixa de pandora

É certo que houve verdadeira explosão de conhecimento e produção científica! Todos os temas foram amplamente esmiuçados! As incertezas compartilhadas a todo instante!

Lamentavelmente, apesar de conectados, estávamos todos distantes uns dos outros!

E o que se esperar do porvir?

Será que basta 2020 acabar para vivermos tempos menos infaustos e inglórios?

Nada disso ainda se sabe, todavia, queremos e precisamos sair deste ano! Nos sentimos presos e temerosos, no aguardo da próxima notícia desairosa…

Apesar de tudo, acreditar sempre que podemos fazer mais e lutar por isso, ainda que sob cerrada artilharia do destino, é o que nos move a chegar em 2021 mais preparados para vencer.

Não me despeço agora, pois ainda terei a última terça do ano para escrever, nada jurídico, somente agradecer; porém, não nos antecipemos aos fatos!

Até lá, meus caros leitores e leitoras.

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