Infelizmente, o assunto está sempre na pauta do dia, o que torna esse livro ainda mais indispensável. calhar. Aqui no Lei em Campo temos tratado sobre o problema do racismo frequentemente. Denúncias, absuros, punições. Nossos colunistas também têm refletido sobre esse problema da vida e do esporte.
E um livro ajuda demais a entender esse processo histórico e absurdo no futebol: “O racismo no futebol brasileiro“, de Igor Serrano, de 2018 é obra indispensável.
Não é fácil encontrar o livro, mas vale uma pesquisa. Ele é da editora Multifoco. Vale a pena procurar, porque esse é daqueles temas que a gente tem de repetir, e falar, e tornar a repetir… E nada melhor que estar sempre bem embasado pra conseguir tratar desse assunto com a seriedade que ele exige.
Deixo a apresentação encontrada no site da Multifoco:
“Inserido no Brasil pelos filhos de sua aristocracia, o futebol, produto importado, objetivava, inicialmente, a propagação de valores de distinção e exaltação de classe pelos praticantes da elite do final do século XIX e início do XX, que não se preocupava com o próprio sustento.
Em pouco tempo, as camadas populares também aderiram à prática dos pontapés na bola, sendo operários negros, brancos e mestiços discriminados. A justificativa de manutenção do amadorismo do esporte tinha como pano de fundo a discriminação racial e social. Destaca-se nesse período o enfrentamento promovido pelas equipes cariocas Bangu A.C. e C.R. Vasco da Gama.
O tempo passou e, mesmo com atletas negros incorporados à quase todos os times, o racismo permaneceu. Ele foi utilizado como justificativa para a derrota brasileira na Copa de 50.
Hoje casos de discriminação racial durante partidas de futebol se proliferam enquanto poucos dirigentes, técnicos e presidentes dos clubes brasileiros são negros.”
O Racismo no Futebol Brasileiro
Igor Serrano
Editora Multifoco, Selo Drible de Letra
272 páginas
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