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Esqueça o jogo entre Brasil e Argentina, o que importa é a continuidade de um projeto que vem dando certo

Há três anos à frente da seleção brasileira, o técnico Tite chega, neste momento da competição, com números invejáveis: são 83,33% de aproveitamento, 31 vitórias, 7 empates e apenas 2 derrotas, e um saldo positivo de 78 gols (fez 88 e sofreu apenas 10).

Apesar de a mídia aplaudir o planejamento de longo prazo da equipe do Liverpool, ao manter o técnico Klopp por muitos anos sem títulos, iniciou-se recentemente um movimento nos jornais e redes sociais para questionar se o técnico da seleção brasileira deveria ou não se manter no cargo. Além dele, a comissão técnica também foi questionada se seria competente ou não. Infelizmente, essa movimentação ocorreu sem que a equipe tivesse qualquer sinal de piora ou derrota.

Com contrato até 2022, Tite tem sido uma aposta na CBF para amadurecer um problema que o futebol nacional vive, o troca-troca de técnicos de futebol. Isso faz parte de um planejamento estratégico de alguns clubes que apostaram e que tem dado certo, exemplo do Liverpool.

Planejamento estratégico é uma competência que, em conjunto com outros mecanismos, elabora e traça os caminhos que uma empresa, no longo prazo, deve alcançar. Com isso, a instituição e os responsáveis pelos projetos alinham metas de acordo com suas missões, visões e valores.

Outro ponto crucial para o bom resultado do projeto é executá-lo com boa gestão de pessoas, rotinas, atribuições e responsabilidades bem definidas.

Independentemente do resultado de um dos principais clássicos do mundo do futebol, Brasil x Argentina, o que não pode acontecer é a quebra da confiança e da continuidade de um trabalho que já dura três anos, que tem se mostrado muito satisfatório e visa algo maior, que é a Copa do Mundo de 2022.

Você demitiria um vendedor que, em 40 reuniões, conseguiu vender em 31 delas e perdeu apenas duas?

Os planejamentos estratégicos visam sempre objetivos grandes, e dar importância ao pequeno, neste momento, seria descartar os três anos já investidos nos projetos de longo prazo. Será hora de colocar em dúvidas o projeto Qatar?

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