Uma das categorias mais afetadas pela pandemia, o futebol acumulou cerca de 5 bilhões de euros em prejuízos aos cofres dos clubes europeus por conta da pandemia na temporada 19/20. Publicado nesta segunda-feira (11), o estudo The European Champions Report 2021, realizado pela KPMG, detalhou o impacto que a pandemia de Covid-19 trouxe nas finanças dos principais clubes do futebol europeu: Real Madrid, Liverpool, Bayern de Munique, Juventus, PSG e Porto
Segundo o KPMG, os estádios com portões fechados é o principal responsável pelo rombo aos cofres, seguidos pela incerteza sobre os direitos de transmissão e a continuidade de acordos comerciais que já haviam sido realizados.
Somente em direitos de transmissão representavam 11,7 bilhões de euros em 2009, saltando para cerca de 21 bilhões em 2018. Desde então, estima-se que o valor aumentou cerca de 6.87% por ano.
“A crise do coronavírus levantou a questão sobre a sustentabilidade financeira do ecossistema do futebol como um todo, e expôs a sua fragilidade. Até mesmo antes da pandemia, salários inflacionados, combinados com crescentes taxas de transferências e percentuais de agentes, colocavam uma pressão significativa sobre as finanças dos clubes. A crise ampliou as falhas do modelo de negócio”, disse Andrea Sartori, chefe global da área de esportes da KPMG e autor do relatório.
Da lista de equipes analisadas no estudo, todas sofreram grandes impactos e diminuições nas receitas. No PSG, Porto e Juventus a redução ultrapassou os 10%, enquanto Bayern de Munique, Real Madrid e Liverpool reduziram parte dos impactos ao fechar novos acordos comerciais durante o período.
Por fim, o relatório aponta que o PSG foi o clube mais prejudicado economicamente, perdendo cerca de 95,4 milhões de euros, um total de 125.8 milhões de euros em prejuízo líquido. Entre as maiores receitas, o Real Madrid se consolidou no topo, com cerca de 681.2 milhões de euros.
Crédito imagem: Getty Images
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