Um estudo divulgado nesta segunda-feira (11) pela FIFPro e FIFA apontou que uma em cada cinco jogadoras da Copa do Mundo Feminina deste ano foi vítima de comentários ofensivos nas redes sociais. Os resultados foram obtidos através de uma análise de 5,1 milhões de publicações e comentários sobre as 697 jogadoras e treinadoras participantes do torneio na Austrália e Nova Zelândia.
Em um comunicado sobre o relatório, a FIFA detalhou que 152 jogadoras da Copa do Mundo receberam “mensagens específicas de natureza discriminatória, ofensiva ou ameaçadora”.
“Insultos homofóbicos, sexuais e sexistas representaram quase 50% das mensagens ofensivas verificadas que foram detectadas”, acrescentou a entidade.
As conclusões foram divulgadas após a análise de dados do serviço de proteção de redes sociais da FIFA (SMPS), que bloqueia insultos online e discursos de ódio dirigidos a jogadores, seleções e membros de delegações da Copa do Mundo.
As jogadoras tinham a opção de acessar o SMPS, com o qual as mensagens abusivas eram ocultadas do destinatário. Dados do SMPS revelaram que a seleção feminina dos Estados Unidos, que há anos é vítima de ofensas online, recebeu o maior número de insultos durante o mundial.
A FIFA indicou que uma jogadora americana e uma argentina, cujas identidades não foram reveladas, eram os principais alvos.
Gianni Infantino, presidente da FIFA, prometeu lutar contra as ofensas às jogadoras de futebol.
“Não pode haver lugar nas redes sociais para aqueles que abusam ou ameaçam alguém, seja em torneios da FIFA ou em qualquer outro lugar”, disse Infantino em comunicado.
Ele destacou que com a implementação do sistema SMPS no ano passado, jogadores, times e autoridades ficaram protegidos de mais de 400 mil comentários ofensivos.
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