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Everson, do Atlético-MG, é alvo de injúria racial por torcedor do Libertad na Libertadores

O goleiro Everson, do Atlético-MG, foi vítima de injúria racial na Libertadores. O ato criminoso foi praticado por um torcedor do Libertad, do Paraguai, após a partida entre os times nesta terça-feira (27), no Defensores del Chaco.

A injúria aconteceu logo após o apito final, em resultado que classificou o clube brasileiro e eliminou os paraguaios. No momento em que Everson concedia entrevista, um torcedor se direcionou ao goleiro com gritos e imitando um macaco com os braços.

Tão logo a situação ocorreu, a diretoria do Atlético-MG se direcionou ao delegado da partida para que ele registrasse o caso em súmula, entregando as imagens que comprovam o ato racista, por meio de um pen drive.

Quando descia para o vestiário, Everson respondeu ao torcedor que cometeu a injúria racial mandando beijos. Na zona mista, o goleiro disse que percebeu o ocorrido desde o início do jogo.

“Cheguei a ouvir, ouvi o direcionamento. Chamaram ‘arquero’, que é goleiro, em espanhol. Depois começaram a fazer o gesto para mim. Eu estava focado, porque temos que dar entrevista para todas as televisões. Vi que o Pedro (fotógrafo do Galo) estava tirando as imagens, procurei ficar calmo naquele momento, porque eu sei que estávamos reunindo algumas provas ali. Infelizmente, isso vem acontecendo no continente sul-americano. Não são todos, mas sabemos que ainda passamos por isso”, disse Everson.

“Uma pessoa fez, mas vários gritaram. Eu ouvi vários gritando, usando palavras como macaco. Todos somos iguais, não tem diferença de pele, cor e sangue. Precisamos ter mais amor ao próximo”, acrescentou.

Everson disse ainda que buscará seus direitos em meio às provas colhidas pelo departamento de comunicação do Atlético-MG. O goleiro tinha intenção de registrar o fato na delegacia, o que não foi possível em função do horário de voo da delegação para retornar ao Brasil.

“Pretendo buscar meus direitos, como ser humano, como atleta, como pessoa. Não ficamos felizes com isso. O que for dentro da lei, nos meus direitos, vou buscar meus direitos. Vou ver com o clube. A gente tem horário do voo, mas se der, com certeza vou. Se não for atrapalhar a logística, eu vou buscar meus direitos. Não vou medir esforços”, contou.

Essa não é a primeira vez que o Atlético-MG sofre com episódios de injúria racial nesta edição da Libertadores. Na fase preliminar, a equipe foi recebida no estádio da Venezuela, antes do jogo contra o Carabobo, sob gritos de “macaco”.

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