O ex-chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, foi acusado nesta segunda-feira (11) de fraude por não ter declarado mais de 400 milhões de libras (R$ 2,5 bilhões) em ativos que mantinha no exterior ao HMRC (Receita e Alfândega de Sua Majestade), órgão fiscal do Reino Unido. Agora, o britânico terá que responder na Justiça.
Em nota, o Serviço de Acusação da Coroa Britânica (CPS) explicou que Ecclestone enfrenta uma acusação de fraude por falsa representação, em uma investigação criminal, complexa e em nível “mundial”.
“O CPS revisou um arquivo de evidências do HMRC e autorizou uma acusação contra Bernard Ecclestone por fraude por falsa representação devido à sua falha em declarar a existência de ativos mantidos no exterior que valem mais de 400 milhões de libras. Os processos criminais contra este réu estão agora ativos e que ele tem direito a um julgamento justo”, disse Andrew Penhale, procurador-chefe da CPS.
“O Crown Prosecution Service lembra a todos os interessados que os processos criminais contra este réu estão agora ativos, e que eles têm direito a um julgamento justo. É extremamente importante que não haja relatos, comentários ou compartilhamento de informações online que possam prejudicar de alguma forma estes procedimentos”, acrescentou.
Espera-se que a primeira audiência do caso deva ser realizada no dia 22 de agosto, no Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres.
Ecclestone está com 91 anos e é conhecido por ter sido diretor-executivo da Fórmula 1 entre 1978 e 2016. Em maio, o britânico foi preso no Aeroporto de Viracopos em Campinas, São Paulo, por porte ilegal de arma.
Crédito imagem: Getty Images
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