O senegalês e ex-presidente da World Athletics (Associação Internacional de Federações de Atletismo), Lamine Diack, foi condenado nesta quarta-feira (16) a dois anos de prisão após julgamento em Paris, na França. O senegalês foi condenado por envolvimento em casos de corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Além da prisão, também terá que pagar uma multa de US$ 594 mil (R$ 3,12 milhões).
O julgamento foi feito pela 32ª sala do Tribunal Correccional de Paris que sentenciou Diack por permitir atrasar os procedimentos disciplinares de atletas russos suspeitos de doping, sob pagamento de propina. O ex-dirigente também ajudou seu filho, Papa Massata Diack, chefe de marketing da entidade na época, a cometer corrupção com patrocinadores.
“Sou inocente dos fatos e das acusações, não há provas tangíveis e irrefutáveis das quais eu possa ser atribuído a essas acusações. Recuso-me a comparecer nos tribunais franceses porque falta imparcialidade”, disse o filho do ex-dirigente em entrevista coletiva na última segunda-feira.
Além de Lamine Diack, o antigo chefe de controle antidoping da Iaaf, Gabriel Dollé, o advogado, Habid Cissé, o ex-presidente da Federação Nacional de Atletismo Russo, Valentin Balakhnichev, e o ex-treinador, Alexei Melnikov, também poderão ser presos na investigação.
Segundo aponta a investigação, o senegalês chantageou atletas russos para não suspendê-los por doping e valores totais podem chegar a 3,4 bilhões de euros (R$ 21,37 bilhões).
Diack, 87 anos, foi presidente da World Athletics entre 1999 e 2015 e membro do COI (Comitê Olímpico Internacional).
Créditos imagem: IAAF/Divulgação
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