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Fair Play financeiro: o esporte só tem a ganhar

Assim como a Europa está aplicando regras para o Fair Play financeiro (FFP), o Brasil já vem estudando como essa ferramenta poderá tornar o esporte, por aqui, mais fortalecido e disciplinado.

De forma bastante simplista FFP é uma regra criada pela UEFA (União das Associações Europeias de Futebol) que exige que os clubes mantenham suas finanças saudáveis. Ou seja, não gastarem mais do que ganham, mantendo suas responsabilidades fiscais, sociais e com seus atletas sempre em dia.

Na última sexta-feira os amantes do futebol europeu foram pegos de surpresa com a notícia que o clube Manchester City estaria sendo banido, por duas temporadas da competição mais importante disputado entre clubes, a Champions League e multado em cerca de R$ 140 milhões por descumprimento das regras do Fair Play Financeiro, o FFP (Financial Fair Play).

A punição que a UEFA aplicou ao Manchester City ainda poderá ser recorrida, mas já deixou claro que, não importa se você é um clube grande e rico ou pequeno e de pouca expressão, todos serão severamente punidos em caso de desobediência.

Os controles financeiros, nesse curto espaço de tempo, pois a regra foi criada em 2009/2010, já mostrou uma grande evolução nas saúdes financeiras dos clubes europeus, tornando clubes que sempre terminavam o ano com dívidas, superavitários nos últimos 2 anos.

Mas não só clubes de futebol que estão “sofrendo” com essas regras regulatórias sobre as finanças. O rugby, no fim do ano passado, 2019, também puniu severamente o principal clube inglês da modalidade, por descumprimento de regras financeiras.

O Saracens, campeão de quatro das últimas cinco temporadas da principal competição de rugby da Inglaterra foi punido pela liga inglesa de rugby pelo descumprimento do teto de gastos com os salários do seu elenco. Com a folha salarial limitada à £7 milhões, pouco mais de R$ 39 milhões, o clube londrino não conseguiu segurar os seus gastos e extrapolou o limite estipulado pela liga. A multa foi de £5 milhões, cerca de R$ 28 milhões, e dedução de 35 pontos na atual temporada. A decisão também cabe recurso.

O rugby inglês criou suas regras financeiras em 1999 e buscou, com isso, sempre visando maior competitividade, maior equilíbrio entre os clubes.

No Brasil as regras ainda não saíram do papel, mas parece que até o fim de 2020 já termos um mecanismo de controle financeiro regulando o futebol brasileiro. Sim, apenas no futebol, por enquanto, pois quem está criando as novas regras de FFP é a CBF, entidade responsável pela administração do futebol, no país.

A regra existe para ser seguida e as punição para aquele que não cumpri-la.

O esporte não tem mais espaço para gestores que resolvem as coisas com “jeitinho”. O momento de transformação na indústria do esporte está passando está deixando um recado importante aos atuais e futuros gestores, não está em compliance é estar fadado ao insucesso.

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