A Fifa anunciou na manhã desta quarta-feira (24) que aumentou o banimento do ex-presidente Joseph Blatter e do ex-secretário Jérôme Valcke por mais seis anos e oito meses de todas as atividades relacionadas ao futebol. Além disso, cada um terá que pagar uma multa de 1 milhão de francos suíços (R$ 5,91 milhões na cotação atual).
“As investigações sobre os senhores Blatter e Valcke cobriram várias acusações, em particular relativas aos pagamentos de bônus em relação às competições da FIFA que foram pagas aos altos funcionários da administração da FIFA, várias alterações e prorrogações de contratos de trabalho, bem como o reembolso pela FIFA de custos legais privados no caso do senhor deputado Valcke”, disse a entidade em comunicado oficial.
O Comitê de Ética da Fifa considerou que Blatter violou os art. 15 (dever de lealdade), art.19 (conflitos de interesse) e art. 20 (oferecer e aceitar presentes), enquanto Valcke, infringiu o art.15, art.19, art.20 e art.25 (abuso de posição).
Com o aumento da pena, o recado que a Fifa passa ao esporte é claro: o cerco contra criminosos está apertando.
“As sanções possuem não apenas um caráter sancionador (aplicação de penas) e a recuperação de ativos, mas também um viés educativo. Mesmo sem entrar em qualquer análise do mérito da decisão, quando pensamos em ética no esporte, exemplos desta magnitude e posicionamentos fortes são necessários para que outras entidades sejam encorajadas a seguir caminho similar. Precisaremos passar por um momento de ruptura forte com as estruturas e modelos de gestão baseadas em interesses pessoais e corrupção, como as que presenciamos hoje de modo generalizado no Esporte”, afirma Rodrigo Carril, advogado especialista em gestão e membro do Instituto Compliance Brasil.
A nova punição entrará em vigor após Blatter e Vaclke cumprirem suas atuais sanções, em 8 de outubro de 2021 e 8 de outubro de 2025, respectivamente.
Crédito imagem: AFP
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