Em ação que tramitava na Fifa, o meia Christian Cueva e o Pachuca, clube do México, foram condenados a pagar R$ 37.664.106,00 ao Santos por quebra uniliteral de contrato. A decisão agora poderá ser recorrida na Corte Arbitral do Esporte (CAS). A informação foi divulgada primeiramente pelo UOL Esportes.
O resultado dá provimento parcial ao pedido do Santos, condenando o jogador peruano a indenizar o clube. No entanto, o Peixe pagará R$ 694.839,00 ao meia por conta de pagamentos atrasados no período em que o vínculo foi quebrado.
“Foi um caso bastante complexo, porque ele envolvia a quebra de um contrato e a decisão da Fifa sobre quem teria dado causa a isso. O atleta deixou o clube, alegando que o Santos teria descumprido o contrato. O Santos apresentou o pedido pleiteando a indenização por quebra do contrato, provando que quem cobrou o contrato foi o atleta. Existem prazos que a Fifa obriga observar toda vez que um atleta quer quebrar o seu contrato alegando descumprimento do clube empregador. Ele tem que notificar o clube e ceder um prazo de 15 dias para que o clube cumpra o que ele alega estar em descumprimento. Quando ele notificou, o Santos pagou tudo aquilo que era devido”, disse o advogado responsável por defender o Santos no caso, Cristiano Caús em entrevista ao UOL.
Provavelmente, o clube mexicano recorrerá da decisão no CAS, com isso, a situação só deverá ter um resultado definitivo em janeiro, já que a Fifa ainda não publicou o resultado parcial completo.
Tudo começou quando em junho, o Santos acionou Cueva na Fifa por conta da rescisão contratual. O Pachuca também foi acionado por ser considerado um dos responsáveis em induzir o peruano ao rompimento do acordo. Inicialmente, o Peixe cobrava 100 milhões de euros (R$ 619,6 milhões na cotação atual) referentes ao valor da multa rescisória ou indenização de 8 milhões de euros (R$ 49,57 milhões).
Em sua defesa apresentada à entidade máxima do futebol em outubro, o Pachuca alega que não induziu o jogador à quebra de acordo. Já Cueva, afirma que o rompimento se deu em função do descumprimento de pagamentos do Santos.
No dia 17 de novembro, o Santos enviou à entidade um comprovante mostrando que cumpriu com todas as obrigações do prazo de 15 dias após a notificação do jogador, conforme determinação do RSTP (Regulamento sobre Status e Transferências de Jogadores). A Fifa tomou a decisão sobre o caso no dia 10 de dezembro, mas as partes só souberam nesta terça-feira (15).
Em fevereiro de 2019, o Santos pagou R$ 26 milhões pela contratação de Cueva. O meia foi um dos pedidos do até então técnico Jorge Sampaoli. Sua passagem foi marcada por polêmicas extracampo, disputando apenas 16 partidas e não marcando nenhum gol. Após deixar o Peixe, seguiu para o Pachuca e atualmente está no Yeni Malatyaspor, da Turquia.
Crédito imagem: Santos/Divulgação
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