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FIFA faz acordo com conglomerado de mídia e evita que Copa do Mundo Feminina não fosse transmitida em países da Europa

Faltando pouco mais de um mês para o início da Copa do Mundo Feminina, realizada na Austrália e Nova Zelândia, a FIFA e a European Broadcasting Union (EBU) finalmente chegaram a um acordo para transmitir o torneio abertamente em 34 países europeus. A informação foi divulgada pela agência ‘AFP’.

O acordo é uma extensão daquele alcançado por ambas as partes recentemente e que afetou 28 países, aos quais se juntam agora França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e Ucrânia.

Segundo o presidente da FIFA, Gianni Infantino, o acordo “garante a mais ampla divulgação possível para o torneio”.

Com ele, a “EBU compromete-se a transmitir pelo menos uma hora de futebol feminino por semana tanto na sua plataforma digital como na sua rede de comunicação social”, disse o dirigente.

“Isso proporcionará uma oportunidade de ouro para promover a disciplina e ganhar visibilidade, a principal prioridade para nós, de acordo com o compromisso da Fifa com o desenvolvimento de longo prazo do futebol feminino”, acrescentou Infantino.

A televisão pública espanhola (RTVE), que aderiu a este acordo, “transmitirá os 25 jogos principais do torneio, um por dia de competição, incluindo todos os jogos da seleção espanhola, o jogo de abertura, as semifinais e a final”.

Ao longo dos últimos meses, Infantino e a FIFA lutaram com as principais emissoras europeias, que apresentaram propostas financeiras “inaceitáveis” para a Copa do Mundo feminina, “de 20 a 100 vezes menores do que as recebidas para a Copa masculina”, de acordo com Infantino.

O dirigente denunciou que, enquanto as emissoras ofereciam “entre 100 e 200 milhões de dólares” para transmitir o Mundial masculino, as ofertas para o feminino eram de “um a 10 milhões de dólares”, apesar de suas audiências representarem “cerca de 50 ou 60%” do torneio masculino.

Infantino chegou a ameaçar “não transmitir” a Copa do Mundo Feminina nos principais países europeus se as ofertas de suas emissoras continuassem sem satisfazer a FIFA.

Crédito imagem: Getty Images

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