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FIFA obrigará federações membros a incluírem punições severas para casos de racismo em seus regulamentos

A FIFA pretende fazer jogo duro contra o racismo. Nesta quinta-feira (16), a entidade máxima do futebol afirmou que obrigará suas 211 federações membros a incluírem, em seus respectivos códigos disciplinares, artigos específicos para enquadrar crimes de racismo com “sanções próprias e severas”, incluindo o encerramento da partida com a derrota do time associado ao ato racista. A informação foi divulgada pelo ‘ge’.

Além disso, a FIFA criou um gesto específico (os dois braços cruzados na altura dos punhos, com as mãos estendidas e os dedos esticados) a ser feito pelos jogadores para avisar árbitros sobre os insultos racistas.

Esse mesmo gesto deve ser feito pelos árbitros, seguindo a lógica de como fazem o quadrado no ar com os dedos para indicar o uso do VAR. O intuito é informar ao público que vai ter início o protocolo de três passos, também obrigatório a partir de agora para as 211 federações membros.

Protocolo de três passos:

  1. O árbitro deve parar e pedir um anúncio (ao sistema de som e/ou telão) exigindo o fim do comportamento racista;
  2. Caso os atos continuem, o árbitro pode suspender a partida temporariamente, com a saída dos times de campo e um novo anúncio de advertência;
  3. Finalmente, se o comportamento ainda persistir, o árbitro pode determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos racistas.

A FIFA informou ainda que vai lutar para que o racismo seja reconhecido como crime em todos os países, “com punições severas”. A entidade não tem poderes para alterar a legislação de nenhum de país, porém deixou evidente que vai pressionar politicamente para que isso aconteça.

Um Painel Antirracista formado por jogadores e ex-jogadores será criado para aconselhar e acompanhar a implementação desse plano nas 211 federações membros.

O plano foi apresentado pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino, ao Conselho da entidade numa reunião realizada nesta quarta-feira (15), na Tailândia, e aprovado de maneira unânime pelos 36 integrantes dessa instância. Na próxima sexta-feira, o plano será aprovado pelo Congresso — do qual participam as 211 filiadas.

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