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FIFA publica seu novo Regulamento Antidoping alinhado com o novo Código Mundial de 2021 da WADA

No dia 7 de novembro de 2019, o Conselho da Fundação da Agência Mundial Antidopagem (WADA) aprovou o novo Código Mundial Antidopagem, que entrará em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2021.

Esse novo código punirá de forma mais branda, atletas que forem pegos com substâncias proibidas que não melhorem diretamente seus desempenhos. A alteração beneficiará atletas que testarem positivo em drogas sociais, como maconha e cocaína, por exemplo, desde que se prove que ele não tenha sido beneficiado esportivamente.

Seguindo os mesmos princípios, a FIFA anunciou na última quarta-feira (15), a publicação de seu novo Regulamento Antidoping, seguindo os mesmos princípios do novo Código Mundial de 2021 da WADA. As mudanças são em sua maior parte, técnicas, em coletas e procedimentos de atletas. No entanto, será responsável por deixar ainda mais alinhados as federações, e apostar na educação do atleta.

A biomédica Lara Santi faz testes de doping pelo mundo para a Agência Mundial Antidopagem (WADA) e achou a cartilha da FIFA positiva.

“Concordo 100% com as mudanças. Achei muito bacana a FIFA lançar uma cartilha em conjunção temporal com o novo código, é bem legal ver que a entidade está alinhada com o código novo e a WADA. Será fundamental no futuro as federações estarem juntas para a gente conseguir manter a meta do controle. Acho muito importante termos esse alinhamento entre as federações, ainda mais uma tão grande como a FIFA e principalmente no foco na educação e não apenas em punição.”, afirmou a biomédica.

Nos últimos anos, a WADA já tinha discutido possíveis mudanças em relação às drogas sociais, por considerar que o prejuízo social é mais grave do que qualquer ganho esportivo. Casos como o do atacante Paolo Guerrero, do Internacional, deixarão de ter punições severas e passaram a ter sanções reduzidas para até um mês.

“Você percebeu que tanto a WADA-AMA como a FIFA vão ter um olhar diferenciado para o jogador que apresentar dificuldades com as drogas chamadas recreativas (Cocaína, Maconha, MDMA e Heroína). Apesar da classificação recreativas, todas são substâncias perigosas, ilegais na maior parte do mundo, prejudiciais à saúde física e mental dos usuários. O jogador que infelizmente apresentar uma dessas substâncias na sua urina, vai precisar mostrar evidências do uso fora do contexto esportivo.”, afirmou Fernando Solera, coordenador da Comissão Médica e de Combate à Antidopagem no Futebol, da CBF.

Apostando em medidas educativas em seu novo código de antidopagem, a FIFA e a WADA esperam reduzir cada vez mais a quantidade de casos envolvendo a dopagem para benefício no esporte.

“Sem dúvida essa nova versão mostra uma tendência mundial. As federações internacionais estão alinhadas na busca ao jogo limpo. Além dos controles fundamentados nas normas internacionais, todos devem incentivar as ações educativas”, concluiu Fernando Solera.

O novo código da Agência Mundial de Dopagem (WADA) passará a valer a partir do dia 1 de janeiro de 2021.

A cartilha completa do Novo Regulamento Antidoping da FIFA está disponível no site oficial da entidade.

Crédito imagem: FIFA

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